Partido da Terra (MPT)
Natural do Arrabal (Leiria), Manuel Carreira, de 63 anos, é o cabeça-de-lista do Partido da Terra (MPT) pelo círculo de Leiria. Professor durante 25 anos e psicólogo desde há 20 anos no Centro Hospitalar de Leiria, defende que o novo hospital deveria ser “fora da cidade, caminhando para o mar e ser pioneiro na saúde mental”.
Questões
1- Quais são as grandes apostas que o seu partido terá a iniciativa de propor para o distrito?
2-Que problemas identificam como prioritários solucionar no distrito e como é possível resolvê-los?
3- Qual a sua opinião relativamente aos investimentos anunciados para requalificar a ferrovia do Oeste?
4- O novo Hospital do Oeste está em cima da mesa. É a obra que vai responder às exigências no capítulo da saúde no sul do distrito? Onde deve ficar localizado?
5-Como classifica a atuação dos atuais deputados eleitos nos últimas legislativas pelo círculo eleitoral de Leiria?
6-Porque é que o eleitor deve votar no seu partido e não em outro? Qual é a diferença?
7-Considera que o seu partido tem possibilidades de eleger deputados? O que seria um bom para resultado para o partido nas próximas eleições?
Respostas
1- As nossas principais apostas passam pela requalificação da linha do Oeste, em harmonia com a criação do aeroporto de Leiria, na Base Aérea de Monte Real. E Caldas da Rainha tem, porém, um lugar estratégico por ser central no país, estar perto da capital, estar perto do mar e ter uma agricultura invejável. É nesta identidade natural que deve continuar a desenvolver-se.
2- Leiria poderia ser pioneira no investimento nos jovens, que em sistema de voluntariado com pequenas bolsas, coordenados pelas autoridades e professores, seriam os cuidadores da natureza. Assim os professores viriam as suas carreiras descongeladas e no verão cuidavam das árvores e da natureza, à semelhança dos escuteiros, e preveniam os fogos. Confiar a natureza aos estudantes seria uma experiência a estender a todo o país.
3- A ferrovia do Oeste, conjugada com o aeroporto de Monte Real seria o grande desafio económico e aposta ecológica. Evitaríamos diariamente centenas de camiões para Lisboa, da indústria, agricultura, cereais para rações…para não falar da praticidade que seria para os nossos emigrantes e as vantagens que traria ao turismo religioso ter um aeroporto tão central no país.
4- A saúde é como um carro, tem que estar sempre em vigilância e se for velho é de esperar as contínuas reparações até não dar mais. Um novo hospital deveria ser fora da cidade, caminhando para o mar e ser pioneiro na saúde mental.
5- Não tenho conhecimento suficiente para avaliar. Se fosse um político de carreira saberia, mas como nunca serei, valorizaria todos aqueles que fossem íntegros e coerentes, bem formados humanamente, livres de pensar e que atuem de consciência.
6- Não somos um partido a prazo que se esgota e não cumpre o que promete. Somos um pequeno partido, mas de grandes causas. O que o Partido da Terra pode prometer é o céu, mas cada um tem que fazer por isso. Considerando que no céu não se come nem bebe, não são precisos os tachos!…
7- Um bom resultado seria que muitos mais se consciencializassem e se unissem a nós, dadas as alterações climáticas, o esgotamento progressivo da água potável, a degradação da educação familiar e escolar e a urgência do sentido de solidariedade das novas gerações. Parafraseando o grande diplomata do século XX, João Paulo II, que fez os primeiros “buraquinhos” no muro de Berlim, e a Madre Teresa de Calcutá, diria: “O mar é imenso, mas uma gota de água torna-o maior. Se essa gota for uma lágrima, torna o mar maior e mais profundo”. E Caldas da Rainha tem muito mar!
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