O partido Livre iniciou no passado sábado, no Céu de Vidro, no Parque D. Carlos I, em Caldas da Rainha, a campanha eleitoral, bem como apresentou os candidatos pelo distrito de Leiria para as próximas eleições legislativas, perante a presença do fundador e candidato do Livre, Rui Tavares, que não tem dúvidas “se houver uma maioria à esquerda”, o partido “fará parte da solução, pois precisamos de começar a construir uma verdadeira alternativa, progressista e ecológica”.
No lançamento da campanha, perante a presença de uma dezena de apoiantes, o cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Leiria, Filipe Honório, disse que “é preciso começar a fazer bem e começar a construir uma verdadeira alternativa, progressista e ecológica, que não se baseie na ideia contrária daquilo que é mau”. “Não basta seguir o que tínhamos antes da pandemia, porque esse sistema foi o que nos trouxe precisamente a estas possíveis crises que vivemos”, frisou o candidato, adiantando que “é exatamente, por isso que temos de ter uma alternativa progressista, que dá uma resposta à perda dos serviços especiais e às revindicações sociais”.
Apontou que “é esta alternativa que temos vindo a trabalhar e que não se recusa à responsabilidade, seja para governação ou para a oposição”.
Acompanhado pela mandatária da candidatura por Leiria, Isabel Faria, e por outros candidatos da lista, Filipe Honório disse que “o Livre é o único partido que tem sido claro naquilo que irá fazer após as eleições de 30 de janeiro”, alertando que “o voto no Livre, não é um voto no bloco central, ou um abrir uma porta à direita, é sim um voto para uma maioria ampla, progressista, ecologista e que resolva os problemas das pessoas”. A par disso sublinhou que o partido também está “disposto, como sempre, a falar, a negociar e avançar”.
Nesse sentido, “todos queremos fazer parte do primeiro grupo parlamentar do Livre, com uma ampla maioria de esquerda para finalmente dar as respostas às pessoas”.
Na ação também marcou presença o fundador e candidato do Livre, Rui Tavares, que afirmou que “estamos perante candidatos que já estão a fazer do Livre um partido que pode mudar a vida das pessoas, num distrito que tem tanto património para valorizar e dar para o país”.
O líder do Livre também vincou que “o país que temos não é inimigo do país que queremos, mas a política que temos é muitas vezes inimiga do país que queremos”, e nesse sentido, o partido tem como propostas o aumento do Salário Mínimo Nacional para mil euros até ao final da legislatura e a indexação dos salários à inflação, o alargamento do subsídio de desemprego a quem se despede, em casos específicos como a prossecução de estudos ou casais que se mudem para o interior, um plano de apoios à reconversão da climatização do edificado, o aumento do financiamento do Serviço Nacional de Saúde ou a aposta em medidas de economia circular “baseada no conhecimento”.
O partido considera que está na altura “de nós virarmos o jogo” na forma como se faz política, “sempre com um olho no curto prazo, na agenda mediática”, sublinhou o líder do Livre.
Para o Livre, essa mudança passará por “reformular a economia, os serviços públicos e por uma nova visão estratégica para o país”. Como tal, “precisamos de começar a construir uma verdadeira alternativa, progressista e ecológica”, vincou o fundador do partido que considerou que um bom resultado para o partido será conseguir formar um grupo parlamentar, admitindo que nas próximas eleições legislativas possa conseguir eleger três deputados, dois por Lisboa e um no Porto. Sublinhou também que “se houver uma maioria à esquerda, o partido fará parte da solução”.
“Fazer grupos de trabalho e não mais uma geringonça dos gabinetes entre secretários, mas sim algo que envolva a sociedade civil”, esclareceu o candidato como solução, adiantando que “um Bloco Central tal, como a maioria absoluta, são indesejáveis para o país porque põem demasiado poder nas mãos dos dois grandes partidos”.
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