Cerca de dois mil presépios de 84 artistas, feitos de uma forma nada convencional e muito surpreendentes, como componentes eletrónicos ou casca de ovo, e em materiais um pouco mais comuns, como barro, madeira, ferro, tecido, joalharia, cortiça e vidro, podem ser apreciados até 26 de dezembro, no Convento de São Miguel, nas Gaeiras.
“A diversidade das matérias-primas é o que diferencia esta exposição”, sublinhou Ricardo Duque, presidente da Junta de Freguesia das Gaeiras, entidade que organiza esta 14ª Grande Exposição de Presépios.
“É isso que também ao longo dos anos tem motivado os colecionadores a deslocarem-se à exposição para adquirirem presépios diferentes”, sustentou.
Após um ano de interregno, resultante da pandemia, a iniciativa foi relançada com algumas novidades, entre quais a própria disposição do espaço expositivo. A zona da capela é ocupada por um mercado de natal, numa estratégia de incentivo local, onde estão representados alguns dos comerciantes da freguesia e onde é possível comprar lembranças em forma de presépio.
Depois há no primeiro piso do antigo convento franciscano salas com os presépios, uma das quais exclusiva do mestre Ferreira da Silva, que viveu durante 26 anos nas Gaeiras, dedicada à interpretação que ao longo dos anos veio a fazer da sagrada família. Há ainda a sala de mestres do Oeste, como Francisco Furriel, Herculano Elias, entre outros, que “tiveram uma posição muito importante no desenvolvimento artístico da nossa zona e ajudaram outros a crescer”, explicou Ricardo Duque ao JORNAL DAS CALDAS.
Para além dos artistas existem instituições representadas, como o Cencal, o Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos e algumas das Salas do programa Melhor Idade.
Esta edição está integrada na Programação do Óbidos Vila Natal e foi autorizada pela Autoridade de Saúde, tendo como única medida preventiva a obrigatoriedade de utilização de máscara.
A mostra pode ser vista todos os dias entre as 14 e as 18 horas.
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