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Avança a vacinação em crianças dos 5 aos 11 anos

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Vai avançar em Portugal a vacinação contra a Covid-19 em crianças dos 5 aos 11 anos, após a comissão técnica ter consultado especialistas em pediatria e saúde infantil e comunicado o seu parecer favorável à Direção-Geral da Saúde (DGS).

Vai avançar em Portugal a vacinação contra a Covid-19 em crianças dos 5 aos 11 anos, após a comissão técnica ter consultado especialistas em pediatria e saúde infantil e comunicado o seu parecer favorável à Direção-Geral da Saúde (DGS).

A medida tem suscitado muitas dúvidas nos pais, levando a DGS a divulgar os argumentos que ditaram a posição da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 (CTVC), começando por referir que “atualmente as crianças até aos 9 anos constituem a faixa etária com maior incidência de infeção por SARS-CoV-2 e as crianças com 5 a 11 anos constituem cerca de 40% do total de casos diagnosticados em pessoas com menos de 18 anos”, apesar de ter efeitos ligeiros na grande maioria das crianças, razão pela qual existe um risco médio de hospitalização de apenas 0,2% em crianças em Portugal.

A Agência Europeia de Medicamentos deu parecer positivo, com base num ensaio clínico com mais de 2.000 crianças, tendo concluído, após avaliação da eficácia (90,7%) e segurança, que os benefícios superaram os riscos nestas faixas etárias.

De acordo com a CTVC, “não são conhecidos potenciais riscos associados a reações adversas mais raras, para estas faixas etárias”.

Atualmente, as autoridades de saúde dos Estados Unidos da América, Canadá, Israel, Áustria, Grécia, Croácia, Espanha e Estónia recomendam a vacina para toda a população nesta faixa etária.

Apesar de admitir que possa ser prudente aguardar por mais evidência científica, foi considerado que deve ser dada prioridade à vacinação das crianças dos 5 aos 11 anos.

A avaliação de risco-benefício para a situação epidemiológica em Portugal, realizada pela CTVC, aponta para em quatro meses (de dezembro de 2021 a março de 2022) se atingir uma cobertura vacinal de 85% das crianças com 5 a 11 anos, assumindo uma efetividade contra infeção de 70 a 85% e contra hospitalização de 95%.

Estima-se que evitaria 51 (9 a 147) hospitalizações e 5 (1 a 16) internamentos em unidade de cuidades intensivos.

Recomenda-se que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos seja feita com a vacina Comirnaty (Pfizer), na formulação pediátrica, com intervalo entre doses de 6 a 8 semanas. Deve ser respeitado um intervalo de 14 dias entre a administração desta vacina e de outras vacinas.

As crianças que recuperaram da Covid-19 podem ser vacinadas com uma dose de vacina, após pelo menos três meses.

As crianças que após a primeira dose de vacina completem 12 anos devem ser vacinadas com a dose pediátrica de Comirnaty, de forma a completar o esquema com a mesma formulação.

Está disponível desde a passada segunda-feira o autoagendamento da vacina contra a Covid-19 para as crianças entre os 5 e os 11 anos. A vacinação arrancará no próximo fim de semana, 18 e 19 de dezembro, com as crianças de 10 e 11 anos.

As crianças com comorbilidades terão prioridade para serem vacinadas, independentemente da idade, desde que tenham prescrição médica, bastando que se se dirijam aos centros para receberem a vacina contra o SARS-CoV-2.

De acordo com o calendário previsto, de 6 a 9 de janeiro serão vacinadas crianças entre os 7 e os 9 anos, ficando reservados os dias 15 e 16 para vacinar o grupo dos 6 e 7 anos, enquanto a 22 e 23 deste mês serão vacinadas as crianças de 5 anos.

Entre 5 de fevereiro e 13 de março serão administradas as segundas doses, altura em que se estima que ficará o esquema vacinal completo para esta faixa etária.

A DGS reforça o apelo para que as pessoas que ainda não estão vacinadas efetuem o agendamento em https://covid19.min-saude.pt/pedido-de-agendamento. O autoagendamento está disponível para pessoas com 65 ou mais anos.

Encontra-se igualmente disponível a modalidade “Casa Aberta” para utentes com idade igual ou superior a 75 anos. Para serem vacinados, basta dirigirem-se diretamente ao centro de vacinação ou centro de saúde, devendo consultar os horários em https://covid19.min-saude.pt/casa-aberta.

São elegíveis para a dose de reforço no regime de “Casa Aberta” os utentes que não tiveram Covid-19 nos últimos 150 dias e já completaram o esquema vacinal há pelo menos esse tempo.

Estudo revela opiniões sobre vacinação

O aumento das taxas de infeção por Covid-19 levou a que a Euroconsumers, que reúne organizações de defesa dos consumidores de Espanha, Itália, Bélgica e Brasil, realizasse um estudo sobre as opiniões e expetativas dos consumidores portugueses e europeus sobre a gestão da pandemia, nomeadamente, o processo de vacinação. Segundo os dados apurados para Portugal, dois em cada três inquiridos são a favor da obrigatoriedade da toma da vacina contra a Covid-19 para a população adulta.

Contudo, apenas 52% dos inquiridos portugueses concordaram em tornar a vacina obrigatória para menores com idades entre os 12 e os 17 anos – um valor superior aos 48% registados a nível europeu. A percentagem desce para 42% no caso das crianças portuguesas com menos de 12 anos e para 38% na Europa.

Nos agregados familiares com crianças abaixo dos 12 anos, muitos dão conta da incerteza que sentem quando está em causa a vacinação nesta faixa etária. No entanto, a maioria (56%) é a favor de os vacinar. Apenas 13% dos inquiridos não o fariam.

Metade dos inquiridos na Europa concorda que a implementação do certificado digital da Covid-19 é uma medida eficiente para permitir a livre circulação na União Europeia. No entanto, cerca de um terço afirma que as diferentes regras nacionais (como número de doses, limite de idade, entre outros) complicaram a utilização do certificado. 18% dos inquiridos indicaram que nem sempre lhes foi pedido o certificado digital ao cruzar uma fronteira da União Europeia desde junho de 2021.

Este estudo foi levado a cabo em paralelo pelas organizações de consumidores de Portugal, Espanha, Itália e Bélgica, durante as primeiras semanas de novembro. Foi recebido um total de 4155 respostas válidas, das quais 976 de Portugal. Os dados foram ponderados por género, idade, região e nível de educação por forma a refletir as caraterísticas da população entre os 18 e os 74 anos.

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