O Cadaval assinalou, a 1 de dezembro, os 650 anos da constituição da vila, comemoração que incluiu uma recriação histórica e uma palestra sobre o tema. Contemplou também uma inédita mostra do livro original onde está publicada a Carta de Constituição da Vila, patente na Biblioteca Municipal até dia 17.
A palestra “O ano de 1371 no Cadaval” marcou o arranque do dia comemorativo dos 650 anos da constituição da vila do Cadaval, por carta régia concedida por D. Fernando naquele ano. Realizado na Biblioteca Municipal, o encontro contou com a presença e intervenção de Manuela Santos Silva, autora do livro “O primeiro concelho do Cadaval (1371-1496) ”, editado pelo Município em 2004 e a reeditar durante o próximo ano.
Manuela Santos Silva é mestre e doutorada em história medieval, docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e diretora do mestrado de história.
Coube a Fátima Paz, vice-presidente da Câmara, abrir a conferência, tendo assinalado o facto de, até 25 de abril de 1974, ser o dia da fundação do concelho (1 de dezembro) a data comemorada pelos cadavalenses. “Após o 25 de Abril, o Cadaval passou a comemorar a 13 de janeiro a restauração do concelho, que ocorreu no ano de 1898”, disse a também vereadora da cultura. “São duas datas importantes da nossa história”, manifestou.
“Com esta iniciativa, o Município pretende promover o conhecimento da história do concelho”, declarou Fátima Paz.
“Em 1371, o Cadaval deixa de pertencer ao concelho de Óbidos, tornando-se um concelho autónomo em duas fases: em 10 de julho de 1371, através das freguesias do Peral e Cercal, e a 1 de dezembro de 1371, com as freguesias do Cadaval, Peral, Cercal, Vilar e Figueiros”, explicou Manuela Silva.
“Continuará a ser um concelho privado, exceto em períodos de crise, em que volta a obedecer ao concelho de Óbidos, por exemplo em 1383-85”, assinalou.
De seguida, teve lugar a abertura oficial da mostra do Livro 1 da Chancelaria do Rei D. Fernando, onde consta a Carta de Constituição da Vila original, cedida pela Direção-Geral dos Livros, dos Arquivos e das Bibliotecas e oriundo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Lisboa).
Um momento de recriação histórica de todo o momento fechou as celebrações.
0 Comentários