A Comissão de Utentes do Centro Hospitalar do Oeste emitiu um comunicado em que afirma que a dificuldade de contratar médicos tem a ver com a falta de atratividade das condições oferecidas.
“Para os mais novos que acabem o internato não é atrativo ficar no Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma vez que têm vários privados que os vão contratar, e para além disso no Reino Unido há contratos irrecusáveis. Estamos a falar de jovens em princípio de vida, com muita facilidade em falar inglês e em comunicar com familiares através das novas tecnologias”, sublinha Vítor Dinis, porta-voz da comissão.
Segundo este responsável, “não é de estranhar que o SNS não consiga cativar os médicos mais jovens e se encontre por esse motivo quase em fase de rutura nacional”.
Instado pelo JORNAL DAS CALDAS a comentar a falta de profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, e os reflexos na sobrelotação nas urgências, respondeu que “Apesar de tudo tem havido a colaboração de todos e não é nenhum doente deixado de lado, apesar dos médicos e enfermeiros estarem exaustos. Mas estamos cada vez mais dependentes de empresas de prestação de serviços, que não passam apenas de colaboradores externos e que por muita capacidade e qualidade que tenham, nunca serão como se a uma equipe pertencessem. Desta forma o acompanhamento do serviço nunca terá o mesmo êxito”.
Quanto à sobrelotação das urgências, “são situações pontuais, mas que são difíceis de ultrapassar por estes constrangimentos”.
0 Comentários