É no segundo domingo de cada mês que o Parque D. Carlos I se transforma num portal para “regressar ao passado”. Neste mês de novembro, o dia 14 foi para apreciar as velharias, que, independentemente da passagem dos anos, são o revivalismo de “tempos que já lá vão” e que, agora, constituem marca de bom gosto e distinção em qualquer casa. Combinar o “retro” ou “vintage” com peças contemporâneas parece ser a tendência dos decoradores.
Gramofones, discos de vinil, livros, brinquedos, roupa, peças de cerâmica, coleções de moedas, peças em ferro forjado, linhos antigos, tapeçarias, louças antigas levaram-nos ao tempo dos nossos avós.
O JORNAL DAS CALDAS encontrou alguns vendedores de artesanato que também expunham os seus produtos para venda. Ana Paula Marques descobriu a sua vocação para fazer bonecas de pano durante o primeiro confinamento. As suas bonecas fazem lembrar as de antigamente e é tudo feito à mão. Segundo a artesã, aprendeu a costurar “com a ajuda da internet” e revistas da especialidade, “o resto veio depois”. Os “nécessaires”, os peluches, as carteiras, os têxteis para o lar, os “naninhos para bebés” são alguns dos trabalhos da artesã, que confessou que “ontem não fui ver o Toy porque queria fazer mais uns babetes para trazer para a feira”. Por enquanto, a sua vocação ainda não paga as despesas, mas sonha com uma pequena loja. Para já, vende nas feiras e aceita encomendas.
A feira regressa no próximo mês. Se é colecionador, gosta de antiguidades ou, simplesmente, gosta de peças com história, tem de esperar pelo segundo domingo de dezembro.
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