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“Oeste sobre Rodas” com Fernando Pereira

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Fernando Pereira, que canta e imita vozes de vários artistas, e que conta com diversas digressões de sucesso em cerca de 20 países, esteve na passada quinta-feira nos estúdios da Rádio Mais Oeste (94.2 FM) para falar sobre o espetáculo musical itinerante “Oeste sobre Rodas”, bem como dos anos de glória da sua vida profissional e ainda outros momentos marcantes.
O artista foi entrevistado nos estúdios da Rádio Mais Oeste

Fernando Pereira, que canta e imita vozes de vários artistas, e que conta com diversas digressões de sucesso em cerca de 20 países, esteve na passada quinta-feira nos estúdios da Rádio Mais Oeste (94.2 FM) para falar sobre o espetáculo musical itinerante “Oeste sobre Rodas”, bem como dos anos de glória da sua vida profissional e ainda outros momentos marcantes.

Cantor e entertainer desde 1982, Fernando Pereira obteve ao longo da sua carreira vários discos de ouro e platina. Ao longo de três décadas, para além de milhares de espetáculos em Portugal, o artista atuou também em grandes salas, hotéis e casinos internacionais, nomeadamente de Nova Iorque, Chicago, Las Vegas e Atlantic City.

Atualmente Fernando Pereira tem vindo a promover o espetáculo musical itinerante “Oeste sobre Rodas”, onde revisita clássicos e vozes, mas aposta, sobretudo, em novas sonoridades e arranjos, viajando através do lounge, do urban pop e da música eletrónica. Esta iniciativa, que já passou pela vila do Bombarral e pela cidade de Caldas da Rainha, esteve no passado fim de semana a animar as freguesias do concelho de Torres Vedras.

“Quando surgiu esta dificuldade técnica de agregar as pessoas em espaços fechados devido à Covid-19, começámos a pensar em encontrar soluções de espetáculo que pudessem levar a cultura, o entretenimento e animação às pessoas, mas sem aglomerar”, sublinhou Fernando Pereira, que começou por promover o espetáculo itinerante no Bombarral, onde mora há cerca de um ano, e mais tarde, em Caldas da Rainha, tendo sido ambos “um sucesso, apesar de ser muito cansativo”.

Fernando Pereira confessou que “hoje em dia já sou um oestino e procuro vivenciar todas as ofertas que a região dispõe quer ao nível cultural, quer gastronómico e turístico”. “A partir de uma certa altura da minha vida, também apressada pela pandemia de Covid-19, resolvi desfazer-me das estruturas que tinha em Lisboa e mudar-me para o Bombarral”, indicou o artista, que além de cantor, também é “produtor não só dos meus espetáculos, como também para muitos outros artistas e empresas”, ou seja, “é uma atividade que me acompanha há décadas”.

Além da vida profissional, Fernando Pereira falou da sua família, considerando-a como “um pilar importante e estruturante para a vida de qualquer pessoa”. Nesse sentido, “eu adoro a minha família. Tenho uma memória de gratidão, de mimo. Os meus pais sempre fizeram de tudo para que nunca nada nos faltasse. Sempre respeitaram as nossas decisões”.

Desde pequeno que esteve ligado ao mundo da música, altura em que percebeu o dom da sua voz. “Na minha família, desde os meus pais aos meus primos, toda a gente cantava. Nasci no seio de uma família ligada à arte e à música”, revelou o produtor musical, explicando que tem “uma capacidade incrível de imitação, que não sabe explicar como e porquê, tanto que fui convidado para participar no Simpósio Internacional da Voz, na Universidade de Medicina do Porto, onde vários cientistas de diversos países examinaram as minhas cordas vocais e descobriram um instrumento de caraterísticas invulgares”.

Recordou também o facto do seu pai “sempre me dizer para escolher uma profissão que deixe obra feita”, acabando assim por trocar o curso superior em engenharia pela música.

Lembrou ainda outros momentos que o marcaram para o resto da vida, como foi o caso de ter levado um tiro e sido preso pela PIDE na altura do 25 de abril. “Íamos para as aulas e, de repente, a escola estava fechada. Houve um momento em que um grupo de jovens gritava viva à liberdade. A PIDE colocou-se à janela e levei um tiro num braço. Fiquei sem reação, a ver o sangue, e foi um amigo meu que me salvou a vida”, relatou, revelando que foi para o hospital de São José, mas quando saiu tinha alguém à sua espera, “um agente da PIDE, ficando preso”.

Em relação ao futuro, Fernando Pereira disse que pretendia continuar a “acrescentar valor à região e ajudar a desenvolver a mesma, de modo a colocá-la no mapa nacional e internacional”. “Muitos dos meus próximos projetos vão passar por uma estratégia local, ou seja, criar eventos, espetáculos, iniciativas culturais e contribuir para a animação turística para atrair mais pessoas para esta região”, frisou.

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