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Caldas Sport Clube

Pandemia reduziu atletas nos escalões jovens e impediu época com saldo financeiro positivo

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A pandemia fez reduzir o número de atletas dos escalões jovens do Caldas Sport Clube (CSC), que perdeu 79 jogadores, que deixaram o clube, embora tenha havido 30 novos atletas. As receitas também diminuíram, levando ao fecho das contas na época 2020-2021 com valor negativo de cerca de 110 mil euros, mas os compromissos financeiros foram honrados e a coletividade até conseguiu fazer investimentos para melhorar as condições de trabalho, pelo que o relatório de gestão foi aprovado por unanimidade pelos sócios em assembleia geral.
Melhorar as condições na Quinta da Boneca constam dos planos a curto prazo

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A pandemia fez reduzir o número de atletas dos escalões jovens do Caldas Sport Clube (CSC), que perdeu 79 jogadores, que deixaram o clube, embora tenha havido 30 novos atletas. As receitas também diminuíram, levando ao fecho das contas na época 2020-2021 com valor negativo de cerca de 110 mil euros, mas os compromissos financeiros foram honrados e a coletividade até conseguiu fazer investimentos para melhorar as condições de trabalho, pelo que o relatório de gestão foi aprovado por unanimidade pelos sócios em assembleia geral.

As restrições devido à Covid-19, com a época 2020-2021, que compreende o período de 1 de julho de 2020 a 30 de junho de 2021, sem assistências nos jogos de futebol, sem encaixe das mensalidades do futebol juvenil e com substancial redução de encaixes de publicidade e merchandising, tiveram como reflexo o valor negativo do resultado líquido do exercício, no valor de € 109.588,72, mas o CSC, não tendo qualquer fonte de receita, nunca deixou de honrar os seus compromissos, o que se repercute nas contas.

Estas conclusões foram apresentadas no passado dia 29, no auditório da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, onde decorreu a assembleia geral para aprovação do relatório de contas referente à última época. O documento foi aprovado por unanimidade.

Os resultados do relatório de gestão da época 2020/2021 espelham uma evolução negativa da atividade desenvolvida pelo clube, representando uma variação de -25,75% relativamente ao ano anterior. Esta quebra é explicada “pela paragem da atividade desportiva e fecho dos recintos desportivos, com consequência direta na ausência de receita de bilhética, quebra no merchandising e nas receitas de publicidade”.

Apesar disso, o CSC realizou um conjunto de investimentos, considerados críticos, de forma a “melhorar os espaços de trabalho dos atletas e colaboradores bem como adaptar o clube às novas exigências quer da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) quer dos associados e adeptos em geral”.

Esses investimentos totalizaram 337.447,67 euros, dos quais se destacam a aquisição de uma caldeira para os balneários, renovação da cobertura das bancadas, substituição das cadeiras do campo, pintura do campo, colocação de torres de iluminação, sistema de vigilância e máquina de cortar relva.

O relatório de gestão indica que a coletividade “não está exposta a riscos financeiros que possam provocar efeitos materialmente relevantes na sua posição financeira e na continuidade das suas operações”, sendo apontado que “as decisões tomadas pelo órgão de gestão assentaram em regras de prudência”.

Foi sublinhado que “não existem dívidas em mora perante o setor público estatal nem perante a segurança social”.

Deste modo, o Conselho Fiscal deu “parecer favorável”, ao relatório de contas referente ao ano fiscal correspondente à época 2020/2021.

Fazendo notar que “apesar de ter decorrido em plena pandemia e com condições muito especiais”, a época em termos desportivos “foi de êxito para o CSC, com excelentes prestações da sua equipa sénior, que culminou na subida à nova Liga 3, onde a visibilidade e destaque do clube e da própria cidade são muito superiores ao que acontecia no Campeonato de Portugal”.

O Conselho Fiscal endereçou, por isso, os parabéns “a toda a equipa técnica, equipa médica, estrutura de apoio do futebol e, sobretudo, aos jogadores pelo empenho e pela dignificação dos símbolos do nosso clube”.

“Esta subida potenciou o grande e justificado investimento no Campo da Mata, cujas melhorias, apesar de não estarem ainda terminadas, são já de grande orgulho para todos os que gostam do CSC”, sustentou, esperando que todos os escalões de formação possam beneficiar com as obras necessárias no complexo desportivo da Quinta da Boneca, que “tem que ser o próximo foco”.

“Queremos também louvar o facto de que, para competir numa divisão acima, não se entrou em loucuras com jogadores, mantendo uma equipa competitiva sem acréscimos salariais significativos”, referiu o Conselho Fiscal, que informou os associados de que, no cumprimento dos estatutos, a Direção pediu parecer a este órgão para a assinatura de contratos profissionais com os atletas João Rodrigues e Leandro Borges. “Os pareceres foram favoráveis em ambos os casos, baseados no potencial desportivo dos atletas, do seu comprometimento com o projeto do clube e pela possibilidade futura de encaixe de mais-valias financeiras”, justificou o Conselho Fiscal.

Outro ponto a merecer destaque é o dos gastos com pessoal, face ao grande aumento que sofreu, mas “deve-se ao enquadramento dos pagamentos com os atletas da equipa sénior”. Desta forma “o clube fica com a sua situação dos salários completamente legalizada”.

“A situação financeira desafogada permitiu cumprir com as obrigações e agora importa tentar compensar no presente exercício/época, invertendo este valor para positivo”, concluiu o Conselho Fiscal.

“Caldas cumpriu obrigações”

A situação provocada pela pandemia mereceu o comentário do presidente do clube, Jorge Reis. “Com a suspensão de toda a atividade desportiva e a partir de setembro de 2020 com a retoma progressiva e de forma gradual, seniores A, seniores B e sub-21, os nossos jovens da formação (cerca de 400) deixaram de poder treinar e jogar futebol e as equipas que o fizeram, estiveram durante todo o ano limitadas e pelas medidas impostas pelo Governo, pela Direção Geral de Saúde (DGS) e pela FPF. Ao nível da própria envolvência dos pais e restantes familiares, bem como todos espetadores, os condicionalismos impostos bloquearam hábitos e rotinas próprias dos adeptos do futebol”, descreveu.

“Tudo isto afetou a economia das empresas, das famílias, das associações e dos clubes. Os patrocinadores que ajudavam o clube tiveram dificuldades em patrocinar, os atletas e os sócios em geral ficaram condicionados no pagamento da sua quotização, mas o Caldas cumpriu escrupulosamente com todas as suas obrigações e para isso não nos podemos esquecer dos parceiros que foram importantes nesta fase da vida do Caldas”, sublinhou o presidente do CSC, que fez notar que o documento de relatório e contas apresentado reflete o que foi “efetivamente um ano atípico”.

Apesar de todas as limitações, a equipa de seniores A “teve o mérito de conseguir o acesso à nova prova da FPF, a Liga 3, e para isso muito contribuiu a existência da atividade dos seniores B e dos sub-21, o que muitas vezes permitiu suprir a ausência de atletas em confinamento”.

Desistências nas camadas juvenis

Na época 2020-2021, o CSC registou uma quebra de 30% no número de atletas durante a retoma das atividades que aconteceu nos meses de maio e junho. Foi no escalão de juvenis que houve mais desistências – 23, com 5 novos atletas, passando o grupo de 51 para 33.

Os iniciados passaram de 56 para 54, com 8 desistências e 6 novos atletas. Os sub13 eram 29 e após a retoma ficaram 25, com 8 desistências e 4 novos.

Os sub12 apresentaram 10 desistências e 3 novos, reduzindo de 25 para 18 atletas. Os sub11 tiveram uma redução de 28 para 22, com 6 desistências, enquanto que os sub10 tiveram 4 a desistirem, passando de 16 para 12.

Os sub9 registaram 8 desistências e 3 novos, passando de 22 para 17, os sub8 tiveram uma diminuição de 13 para 12, com 5 desistências e 4 novos, e os sub5-6 mais 5 e menos 7, caindo de 14 para 12 jogadores.

Os atletas seniores A, seniores B e sub21 mantiveram o número de atletas habituais.

De acordo com o relatório da atividade desportiva, de 1 julho de 2020 até final de maio de 2021 o clube viu-se “obrigado a interromper o futebol juvenil por imposição das autoridades de saúde”.

Durante o período de contingência em que se manteve o interregno dos treinos e competições, o clube procurou manter a ligação dos atletas e suas famílias ao clube. Nesse sentido “foram promovidos contactos regulares dinamizados pelos treinadores e diretores de escalão do clube com recurso às novas tecnologias”.

No final de abril deste ano retomaram os treinos as equipas juvenis, sub16 e sub17, e iniciados sub14 e sub15. Nestas equipas o CSC tomou como opção não participar nas provas nacionais organizadas pela FPF e limitou a sua participação em jogos organizados pela Associação de Futebol de Leiria (AFL) sem cariz competitivo, como “salvaguarda da segurança dos atletas e famílias”.

O plano de retoma gradual dos treinos contemplou ainda o início dos treinos dos escalões sub13, sub12, sub11 e sub10, que ocorreu no início de maio, e ainda dos escalões sub9, sub8, sub7, sub6 e sub5, que ocorreu na segunda semana de maio. Todos os atletas realizaram testes Covid antes de retomarem a prática desportiva.

Nos escalões mais jovens foram realizados alguns jogos, mas privilegiou-se a participação dos atletas nos treinos.

Até final de junho deste ano a equipa sénior manteve a sua atividade, participando na série F do Campeonato de Portugal. Esta época ficou marcada pelo reagendamento de vários jogos e pela gestão constante de casos Covid, em articulação com a autoridade de saúde local.

Em meados de setembro do ano passado tiveram início os treinos da equipa seniores B, que participou no campeonato distrital da AFL. Paralelamente tiveram início os treinos da equipa sub21 para uma prova organizada pela AFL, que surgiu em virtude de apenas estarem autorizadas atividades de equipas seniores e onde o Caldas incluiu os seus atletas juniores sub19 e alguns atletas sub17 à data. Ambas as provas foram interrompidas no início do mês de dezembro por imposição governamental.

Nesta fase o clube incluiu alguns membros da equipa sénior B na equipa seniores A, aumentando o número de atletas, o que se revelou importante na gestão dos treinos e jogos.

No dia 11 de abril deste ano terminou a primeira fase da competição e a equipa sénior A do CSC garantiu o acesso à fase de subida à Liga 3. Na segunda fase, o Caldas garantiu a subida à Liga 3 na penúltima jornada da prova.

No final de abril, os seniores B e os sub21 retomaram os treinos e passadas duas semanas retomaram a sua participação em competição.

Ao nível dos resultados desportivos, os seniores A alcançaram o 4º lugar na primeira fase Campeonato de Portugal série F e o 2º lugar fase de acesso Liga 3 série 5 – subida de divisão. Ficaram-se pela 2ª eliminatória da Taça de Portugal. Os seniores B atingiram o 5º lugar na 1ª divisão distrital série B da AFL e os sub21 conquistaram o 1º lugar no Torneio da série D da AFL.

O CSC tem como objetivos futuros consolidar a equipa sénior A na nova Liga 3, lutar pela subida da equipa sénior B à Divisão de Honra da AFL, garantir a manutenção nos campeonatos nacionais das equipas de juniores, juvenis A e iniciados A, garantir a manutenção na Divisão de Honra das equipas de juvenis B e iniciados B, lutar pelo acesso da equipa de infantis sub-13 à fase final da prova da AFL e contribuir para a formação desportiva.

Pretende também continuar na senda da reestruturação das infraestruturas.

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