Q

Previsão do tempo

15° C
  • Saturday 20° C
  • Sunday 22° C
  • Monday 22° C
15° C
  • Saturday 21° C
  • Sunday 24° C
  • Monday 23° C
15° C
  • Saturday 22° C
  • Sunday 25° C
  • Monday 24° C

Festejar o Pão por Deus e o Halloween

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
O Pão por Deus é uma tradição portuguesa muito conhecida. As crianças saem à rua no dia 1 de novembro, Dia de Todos os Santos e juntam-se em pequenos grupos para pedir o “Pão por Deus”, de porta em porta. O Halloween, uma tradição anglo-saxónica, comemorada em 31 de outubro, está a ganhar força em […]
Pão por Deus na freguesia do Coto

O Pão por Deus é uma tradição portuguesa muito conhecida. As crianças saem à rua no dia 1 de novembro, Dia de Todos os Santos e juntam-se em pequenos grupos para pedir o “Pão por Deus”, de porta em porta.

O Halloween, uma tradição anglo-saxónica, comemorada em 31 de outubro, está a ganhar força em Portugal há alguns anos. Depois da tradição ter passado para este lado do oceano, um pouco por todo o país comemora-se a noite mais assustadora do ano.

Apesar do Halloween ganhar cada vez mais adeptos, o nosso “Pão-por-Deus” continua a ser assinalado. Para quem acha que esta tradição tem tendência a terminar, ela ainda acontece em várias localidades da região.

Por exemplo, centenas de meninos nas Caldas da Rainha continuam a pedir Pão por Deus. As zonas da cidade mais calmas, com vivendas como o Avenal e as freguesias rurais, são normalmente as mais escolhidas pelos pais das crianças, porque consideram que são menos as situações de perigo, nomeadamente porque têm menos trânsito.

Coto mantém tradição

O JORNAL DAS CALDAS acompanhou algumas crianças que saíram na manhã de 1 de novembro na freguesia do Coto.

Um grupo de sete crianças da Escola Básica do Coto juntou-se para com os seus sacos pedir “Pão por Deus” pelas ruas daquela freguesia. “Criámos um grupo no WhatsApp da sala do 1º e 2º ano da escola do Coto e organizámos este ano a vinda ao Pão por Deus”, explicou Cátia Vasco, mãe de um dos meninos da turma.

Para esta encarregada de educação, é importante “manter a tradição viva e também é uma forma das crianças se divertirem e de conviverem com os amigos”.

Junto à Associação Recreativa Cultural do Coto pararam três viaturas com pais e seis meninos de dez e onze anos que frequentam o 5º ano da Escola D. João II e que escolheram o Coto para o Pão por Deus. Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, Diogo Silva disse que vive na cidade das Caldas, mas que decidiram juntar-se no Coto porque “há menos trânsito e as casas são todas praticamente vivendas, o que se torna mais fácil bater à porta”. 

O aluno de dez anos acha importante comemorar a tradição portuguesa porque o Halloween está a sobrepor-se ao Pão por Deus, já que “cada vez mais se fazem festas relacionadas com a noite das bruxas”.

Carina Tavares, que acompanhou o filho, considera que o que deve permanecer é o Pão por Deus, que é uma tradição nossa muito antiga. “Quando era criança já ia de porta em porta pedir o Pão por Deus e acho que os meus filhos devem também fazer com os amigos para manter a tradição”.

“Podem assinalar o Halloween, mas o Pão por Deus não pode ser esquecido. É importante as pessoas prepararem-se para receber as crianças no dia 1 de novembro, porque se não abrirem a porta a afluência para o ano será menos”, apontou. “Viemos para a freguesia do Coto porque é mais seguro e também porque há mais adesão por parte dos residentes. Na cidade muitos já não abrem a porta”, salientou.

Armando Custódio vive na Quinta da Cuteleira, na cidade, e foi com os seus dois filhos de 5 e 7 anos para o Coto porque é onde vive a avó materna. “Acho importante ensinar a nossa tradição. Nas escolas está a incentivar-se mais o Halloween porque não se fazem festas de Pão por Deus e a vertente comercial também é explorada, o que acaba por ser apelativo para os mais novos vestirem-se de figuras assustadoras”, referiu.

Adiantou ainda que os seus filhos “estavam com saudades do Pão por Deus, uma vez que em 2020 foi desaconselhado pela Direção Geral de Saúde devido à pandemia”.

“Quisemos interagir com a população da freguesia”

pao por deus 3 1
À Lá Bacalhau no Coto aderiu ao Pão por Deus

Também a roulotte “À Lá Bacalhau” estacionada na freguesia do Coto aderiu ao Pão por Deus. O espaço, que tem sido um grande sucesso na venda de pão caseiro feito em forno de lenha, decidiu manter a tradição e ofereceu às crianças guloseimas e uma batata doce assada.  Segundo Marco Russo, responsável pela roulotte, “quisemos interagir com a população da freguesia e optámos por fazer uns saquinhos com doces para os mais pequenos e como manda a verdadeira tradição assámos batatas doces no forno de lenha e oferecemos às crianças e pessoas que vieram à roulotte nesse dia”, contou. Antigamente as crianças andavam de porta em porta a pedir “Pão por Deus” aos vizinhos e em vez de guloseimas recebiam maçãs, castanhas, nozes, batatas doces que eram colocados na saca de pano do pão.

pao por deus 4
Anabela Russo ofereceu batata doce assada em forno de lenha
(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Últimas

Artigos Relacionados

Jantar convívio em Santa Catarina

O Centro Pastoral de Santa Catarina é palco no dia 4 de maio de um jantar convívio promovido pela Comissão de Pais de Santa Catarina no âmbito das comemorações dos 30 anos da escola da freguesia.

jantar

Beatriz Monteiro nos Jogos Paralímpicos Paris 2024

Beatriz Monteiro, atleta com experiência da Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE) do Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, garantiu a qualificação para os Jogos Paralímpicos Paris 2024.

beatriz

Livro de Inês Sofia “O segundo lado da perfeição” alerta para romances tóxicos

“O segundo lado da perfeição” é como se designa o livro da jovem Inês Sofia que foi lançado no passado dia 7 na Escola Básica e Secundária Fernão do Pó, no Bombarral.
É o segundo livro da autora, de 19 anos, e é uma história de amor entre dois adolescentes. “É sobre um relacionamento abusivo. Os seus sinais, a forma como se expressa, a maneira como se faz sentir, e, principalmente, a culpa com que as vítimas ficam”, contou.

ines 1