Há 30 anos deram-se os primeiros passos para a criação daquele que é atualmente considerado um clube de ginástica de referência a nível nacional. Num contexto do desenvolvimento da ginástica nasceu em 1991 o Acrotramp Clube das Caldas (ACC) que comemorou no dia 31 de outubro o trigésimo aniversário com um jantar que decorreu no restaurante Paraíso, no Coto, com a presença de cerca de 170 pessoas.
A sala com lotação esgotada por treinadores, monitores, ginastas, ex-ginastas, atletas, autarcas, presidentes das direções de vários clubes das Caldas, entre outros, é a prova como este clube é acarinhado.
Ao longo da sua atividade proporcionou a milhares de jovens caldenses e da região a prática gímnica, contribuindo para a sua formação desportiva. Relativamente aos ginastas, que nestes 30 anos estiveram com o clube, conseguiram 568 títulos distritais (1º lugar), 34 títulos regionais (1º lugar) e 98 títulos nacionais (1º lugar).
O ACC nestes anos organizou quatro campeonatos nacionais de trampolins, dezenas de campeonatos distritais da modalidade e os saraus internacionais com todos os ginastas.
Stélio Lage, presidente e treinador, emocionado, salientou que a criação do clube foi “pôr de pé o meu sonho”.
“O ACC atingiu um patamar estrutural que permite acreditar que o futuro deste clube está assegurado e, com toda a certeza, vai prosseguir com o desenvolvimento da atividade de forma brilhante, continuando a somar sucessos”, disse, salientando que pretendem manter-se fiéis ao objetivo inicial de “formação, demonstração e competição da ginástica de trampolins e acrobática”.
“Com 198 ginastas neste momento somos um clube forte, ambicioso e pretendemos continuar a crescer, sempre com o objetivo de proporcionar a maior número possível de jovens caldenses a possibilidade da atividade física orientada e sustentada com vista à qualidade de vida e saúde”, adiantou.
Stélio Lage convidou para o jantar comemorativo do clube presidentes dos clubes desportivos das Caldas da Rainha. Considera que os clubes da cidade têm estado de “costas voltadas”, cada um “fazendo, e bem, o melhor que podem”. No entanto, propôs que se juntem “não apenas nestas ocasiões, mas podermos de alguma forma agendar momentos em que possamos trocar e partilhar opiniões sobre o desenvolvimento do desporto na nossa cidade”.
O presidente do ACC agradeceu aos sócios fundadores e em especial a Jorge Veiga (primeiro presidente da direção) por todo o apoio prestado nessa altura. “Por incrível que pareça, alguns desses sócios permanecem ligados ao clube até aos dias de hoje, fazendo parte dos corpos sociais. Para eles, Norberto Barreto, Natália Barreto e Maria Rosário dos Anjos, a minha profunda gratidão”, referiu.
O dirigente agradeceu ainda ao ex-presidente da Câmara das Caldas, Fernando Costa, que em 1993 “acreditou no nosso projeto com a construção de um espaço anexo ao Pavilhão Rainha D. Leonor, onde lançou definitivamente o clube, fixando meios materiais pesados, fundamentais para o desenvolvimento da ginástica em geral e, mais concretamente, dos trampolins”.
Mais tarde a autarquia ampliou as instalações e, “deste modo, vimos consolidada a estrutura, tanto ao nível de espaço como de equipamentos gímnicos necessários para dar continuidade ao nosso projeto”, adiantou.
Destacou ainda o também ex-presidente da autarquia, Tinta Ferreira, por todo “o apoio prestado até à data nos diversos domínios, contribuindo de forma eficaz para a estabilização do clube”.
Para o responsável, nada do que foi conseguido até à data seria possível “sem os nossos treinadores e monitores do presente e do passado, que de forma muito profissional e apaixonada tudo fizeram para elevar o clube (Ricardo Lima, Sandra Amaral, Paula Barreto, Sandra Vala, João Franco, Joana Macedo, Manuel Oliveira, Paula Silva, Jorge Silva, Valério Pavliv, João Marques, Iúri Lage, Andreia Berto e Filipe Saldanha)”.
Segundo Stélio Lage, os treinadores, em todas as modalidades, vivem “apaixonadamente com os sucessos dos atletas e equipas e sofrem com as derrotas e lesões dos mesmos”.
Relativamente aos ginastas, independentemente dos resultados desportivos e performances, os verdadeiros campeões “são os que durante a sua carreira desportiva e no final da mesma, conseguiram manter os bons valores e atitudes, transformando-se em cidadãos de primeira, contribuindo cada um à sua maneira para uma sociedade unida e forte”, apontou.
Nada deste “sonho” seria concretizável para Stélio Lage, sem o “apoio, dedicação e entrega da Margarida Alexandra Lage, sócia fundadora, membro da direção e treinadora”. Na realidade, afirmou, “ela é o verdadeiro “pilar” do clube desde o primeiro minuto, sendo que o seu contributo foi deste sempre decisivo para o sucesso e o crescimento deste projeto”.
Presente no jantar esteve Luís Arrais, presidente da Federação de Ginástica de Portugal, que afirmou que “só conheço dois clubes no país com esta dimensão, sendo um deles o ACC”, elogiando o facto do clube caldense continuar a desenvolver a sua atividade desportiva na área da ginástica de trampolins, duplo-mini trampolim e tumbling, quando normalmente os clubes se especializam numa só”.
Vitor Marques, presidente da Câmara das Caldas, disse que vai continuar a apoiar o ACC, proporcionando melhores condições, porque “unidos somos mais fortes em prol do desporto”.
Tinta Ferreira, que durante 25 anos teve a oportunidade de trabalhar com o clube caldense, não pôde estar presente por estar fora do país, mas deixou uma mensagem enaltecendo todo o trabalho efetuado pelo clube, “em prol dos milhares de jovens que foram crescendo de forma saudável através da prática desportiva que deste modo lhes foi proporcionada”. Deu ainda os parabéns pelos “extraordinários resultados desportivos que tem elevado bem alto o nome das Caldas da Rainha através desta modalidade”.
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