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Osteoporose: é preciso diagnosticar em tempo útil

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A osteoporose carateriza-se por um aumento progressivo da fragilidade do osso, que o pode levar à principal complicação, a fratura. Carateristicamente resulta de traumatismos de baixa intensidade, como por exemplo, sacudir um tapete, e, com frequência, não é diagnosticada em tempo útil, impedindo a instituição de tratamentos menos agressivos e mais eficazes. Apesar de serem lesões consideradas, erradamente, simples, é delas que nascem as principais e piores complicações da osteoporose.

A osteoporose carateriza-se por um aumento progressivo da fragilidade do osso, que o pode levar à principal complicação, a fratura. Carateristicamente resulta de traumatismos de baixa intensidade, como por exemplo, sacudir um tapete, e, com frequência, não é diagnosticada em tempo útil, impedindo a instituição de tratamentos menos agressivos e mais eficazes. Apesar de serem lesões consideradas, erradamente, simples, é delas que nascem as principais e piores complicações da osteoporose.

Qual a incidência?

A incidência na população aumenta com a idade, estimando-se que, acima dos 50 anos de idade, seja de 11%, podendo ser maior em zonas de menor exposição solar, má-nutrição e sem hábitos de exercício físico regular.

Qual a causa?

Como todo o tecido vivo, o osso vai-se renovando na mesma proporção em que se vai desgastando. Na base da osteoporose está uma rutura neste equilíbrio a favor da reabsorção óssea.

Existem várias causas como, por exemplo: as intervenções cirúrgicas em que se removem órgãos importantes no equilíbrio hormonal, como o útero, os ovários ou a tiroide; os tratamentos hormonais; o tabagismo; a má nutrição; a falta de exercício físico regular, bem como, de exposição solar e as doenças malignas que metastizam no osso. Mais frequentemente o desequilíbrio a favor da reabsorção vai-se estabelecendo ao longo da vida, de forma gradual e embora seja mais frequente nas mulheres, também existe osteoporose masculina.

Tem impacto na qualidade de vida?

A osteoporose em si não compromete a nossa qualidade de vida. Tal acontece quando ocorrem fraturas, das quais as mais frequentes são: a fratura do colo do fémur (17%) e a fratura da coluna vertebral (23%). Estudos recentes concluíram para um aumento de 30% da taxa de mortalidade nos doentes vítimas de fratura do colo de fémur e de 23% nos que sofrem fraturas da coluna vertebral, quando comparados com grupos de pessoas com a mesma faixa etária, mas sem fracturas. É, também, mais elevado o número de doentes em que subsiste a dor crónica, a limitação funcional, a dependência e o isolamento social. Acresce a este panorama o facto de aumentar até cinco vezes a probabilidade de acontecer uma segunda fratura de natureza osteoporótica nas pessoas que já tiveram uma previamente.

É possível prevenir a osteoporose?

Como em todas as doenças o melhor é prevenir. Neste caso a prevenção passa por:

– em Portugal, apanhar sol regularmente, à volta de 5 minutos nas horas de maior exposição solar entre Abril e Outubro;

– fazer exercício físico, principalmente caminhadas, pois o impacto estimula a formação de osso;

– ter uma alimentação saudável

– evitar ter ou mesmo remover tapetes e carpetes soltas do chão das nossas casas

– junto do seu médico assistente, estabelecer um programa de vigilância clínica e laboratorial, conforme proposto pela Direção Geral de Saúde.

A prevenção medicamentosa está ao nosso alcance sob diversas formas. Todavia existem critérios bem definidos para a aplicar.

Como é feito o diagnóstico?

O exame que diagnostica a osteoporose chama-se osteodensitometria e quando um dos valores por ele apurado chamado T-score é inferior a -2.5 está indicado iniciar a medicação. O mesmo acontece nas pessoas que sofreram uma fractura osteoporótica, mesmo sem o diagnóstico de osteoporose através da osteodensitometria.

No início, alertei para o facto de estas fracturas resultarem, frequentemente, dum traumatismo de baixa energia como, por exemplo, sacudir um tapete, tossir ou espirrar, baixar para apanhar um objecto do chão. Muito frequentemente, as pessoas que na sequência dos mecanismos acima descritos ficam com alguma dor, não lhe dão o devido valor, considerando-a como mais uma dor entre outras e que há-de acabar por passar. Não devem fazer isso pois as fracturas vertebrais, por sinal as mais frequentes deste grupo, resultam, muito frequentemente, desses movimentos e o protelar o seu diagnóstico e consequente tratamento pode levar a situações de grande incapacidade funcional.

A prevenção das quedas é incontornável. Tudo o que houver no chão de uma casa capaz de provocar quedas, seja por facilitar os tropeções, seja por fazer escorregar – deve ser removido ou devidamente sinalizado. Deixar o chão molhado depois de o lavar é perigoso e não pode acontecer. Facilitar o acesso a banheiras e sanitas através da colocação corrimões de apoio pode ser útil. O mesmo deve acontecer nas escadas sejam interiores e exteriores.

Termino salientando que, embora se possa considerar a osteoporose como algo de inevitável, jamais se deve esquecer que a fratura osteoporótica ou de fragilidade é evitável.

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