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FOLIO recebeu 20 mil visitantes ávidos de conhecer novos autores

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Após um ano de interrupção, devido à pandemia, o FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos voltou a ter casa cheia, para assistir a tertúlias, apresentações de livros, workshops, concertos e outras iniciativas, que atraíram cerca de 20 mil visitantes, ávidos de conhecer novos autores e assistir a espetáculos. O evento literário, que envolveu 469 oradores e dinamizadores de atividades, regressa no próximo ano, entre 6 e 16 de outubro, sob o tema “O Poder”.
O evento atraiu 20 mil visitantes

Após um ano de interrupção, devido à pandemia, o FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos voltou a ter casa cheia, para assistir a tertúlias, apresentações de livros, workshops, concertos e outras iniciativas, que atraíram cerca de 20 mil visitantes, ávidos de conhecer novos autores e assistir a espetáculos. O evento literário, que envolveu 469 oradores e dinamizadores de atividades, regressa no próximo ano, entre 6 e 16 de outubro, sob o tema “O Poder”.

Ao longo de onze dias, o FOLIO, que terminou no passado domingo, proporcionou 205 atividades aos visitantes, ao longo de 279 horas de programação, asseguradas por 50 pessoas de várias entidades, que se juntaram para levar a cabo mais uma edição deste evento literário.

Para um dos mentores do FOLIO, José Pinho, “o festival literário tornou-se incontornável em Portugal e no mundo”. “Ouvi alguns editores e escritores insuspeitos a dizer que este é o melhor festival que se faz em Portugal”, afirmou o curador do FOLIO Mais, adiantando que tal se deve à diversificação da programação, que o torna “incomparável”. “Geralmente, os festivais literários têm uns autores e umas conversas e ficam por aí”, observou.

“Não é vaidade, é uma realidade. O FOLIO conseguiu impor-se em muito pouco tempo aos festivais internacionais literários. É uma referência”, sublinhou José Pinho, editor da Ler Devagar. Além de constituir um estímulo à leitura, o festival proporcionou ainda aos visitantes conhecerem novos autores e despertarem para outros estilos literários, como a poesia. “Vi aqui autores que não conhecia e depois de os ouvir fiquei impressionado e com vontade de os ir ler. Além de ser um ponto de encontro, o FOLIO também é um partir para descobertas”, manifestou.

José Pinho assinalou ainda a “grande satisfação” que sentiu da parte das pessoas que assistiram ao evento literário e também dos convidados e dos participantes. “As mesas e as sessões estavam sempre cheias, assim como os concertos. Havia muita gente a participar e a intervir”, afirmou. “Tivemos no FOLIO Mais muitas atividades que nem estavam programadas, mas os próprios participantes disseram que queriam ir, como o Danilo Miranda, o Afonso Borges ou a Simone Paulino”.

“Foi uma grande honra estarmos associados a esta manifestação presencial em Óbidos. Isto faz-nos pensar no FOLIO do próximo ano numa perspetiva de podermos ainda ultrapassar aquilo que de bom já aconteceu este ano e que vinha dos anos anteriores”, disse o curador do FOLIO Mais. Além disso, referiu que “há um interesse crescente de outros festivais de virem a Óbidos e quererem que nós participemos de alguma maneira ou que enviemos alguém àquilo que é realizado fora de Portugal”.

As sessões quase sempre esgotadas e o aumento das vendas de cerca de 30 por cento são outros indicadores evidenciados por José Pinho. “Não sei se as pessoas tinham mais vontade de comprar ou se, por causa da pandemia, também tinham amealhado algum dinheiro. Deu-me uma satisfação enorme que uma parte dessas economias tenha sido utilizada na compra de livros”, declarou.

Adesão entusiasta

A curadora do FOLIO Autores e jornalista Ana Sousa Dias confirmou que os escritores convidados por ela e por Pedro Sousa, também curador do FOLIO Autores, para participar nas mesas “aderiram entusiasticamente aos convites” e “transmitiram um enorme entusiasmo com as sessões quase sempre lotadas”. A título de exemplo, refere o caso do italiano Davide Enia, dramaturgo, ator e romancista, que participou na mesa “Uma Europa de migrantes”. “Quando saiu do espaço, começou a gritar: Viva Óbidos, viva o FOLIO”, contou.

Ana Sousa Dias destacou ainda o facto de, assim que acabavam as sessões, as pessoas irem comprar livros desses autores e lhes pedirem autógrafos. No caso da sessão com Mário Lúcio e Afonso Cruz, recordou que muitas pessoas tinham levado de casa livros do escritor português para assinar, mas depois de ouvirem o cabo-verdiano Mário Lúcio, também foram comprar livros dele e formou-se outra fila.

“Os autores que convidámos estão traduzidos e publicados em Portugal, para permitir às pessoas lerem ou comprarem os seus livros. Assim, vão continuar a ter o FOLIO em cima da mesa-de-cabeceira”, observou a jornalista.

Margarida Reis, vereadora da cultura da Câmara de Óbidos, fez um “balanço extremamente positivo” desta edição do FOLIO. “As cerca de 20 mil pessoas que passaram por aqui ultrapassaram as nossas expectativas. O programa estava recheado de coisas de elevado nível e era muito diversificado, a nível local, nacional e internacional. Foi por isso que chamou muita gente, desde a música às tertúlias. Tudo o que se passou em Óbidos, nestes 11 dias, foi marcante para esta nova era”, referiu, em alusão à possibilidade de as pessoas poderem voltar a participar em eventos sem condicionalismos, em relação à pandemia.

A autarca destacou ainda a realização do projeto Living Streets. “As pessoas começaram a ficar curiosas com o que estava a acontecer na entrada da vila. O Living Streets quis chamar a atenção das pessoas para o facto de a parte ambiental poder estar conjugada com livros. Acima de tudo, focámo-nos na educação ambiental, na dinâmica de animação”, explicou. “Chamou de tal forma a atenção das pessoas ao ponto de nos dizerem que devia ser assim todos os dias. Foi uma marca que veio para ficar”, relatou.

“Outra das coisas marcantes foi tornarmos este evento inclusivo. A inclusão faz parte da nossa vida e deve estar em toda a parte. Sentimos que, ao abrirmos este evento para todos, porque é um evento de todos, marcámos a diferença”, afirmou Margarida Reis. Para tal, foi distribuído um flyer multiformato, foram estabelecidas parcerias e foram convidados especialistas para falarem sobre a diferença. “Cada vez mais temos de olhar para a inclusão e o FOLIO foi o pontapé de partida para os eventos inclusivos em Óbidos”, sustentou

A vereadora da cultura salientou ainda a importância do FOLIO ter sido o palco da apresentação do primeiro Curso de Turismo Literário, em Óbidos. “Esta é uma marca que veio para ficar. Óbidos e o FOLIO não foram escolhidos por acaso. Este curso tem tudo a ver com Óbidos e com literatura. O futuro poderá ser mais risonho, com pessoas mais habilitadas nesta área. Será para Óbidos uma mais-valia e para quem pode usufruir de uma formação deste nível”, disse.

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