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Vítor Marques quer contar “com todos os partidos” para desenvolver Caldas da Rainha

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O independente do “Vamos Mudar” (VM) Vítor Marques, que conquistou a Câmara das Caldas da Rainha, tomou posse como presidente, sucedendo a Tinta Ferreira, do PSD, no passado dia 11, numa sessão de casa cheia que decorreu no salão nobre da autarquia.
Eleitos da Câmara e Assembleia Municipal das Caldas para o mandato 2021-2025

O independente do “Vamos Mudar” (VM) Vítor Marques, que conquistou a Câmara das Caldas da Rainha, tomou posse como presidente, sucedendo a Tinta Ferreira, do PSD, no passado dia 11, numa sessão de casa cheia que decorreu no salão nobre da autarquia.

Em declarações à imprensa no final da cerimónia, Vítor Marques garantiu que “quem terá pelouros serão os elementos do VM, não defraudando aqueles que votaram em nós”. Os vereadores do PSD Tinta Ferreira, Hugo Oliveira e Maria João Domingos vão apenas desenvolver a sua atividade enquanto oposição.

Quanto ao vereador Luís Patacho, do PS, também não lhe foi atribuído qualquer pelouro, mas “está em conversação um memorando de entendimento”, podendo haver oportunidade “para que isso possa acontecer”.

Além dos vereadores eleitos pelo VM, Joaquim Beato e Conceição Henriques, que assumirão os pelouros das diversas áreas, integram ainda a equipa de Vítor Marques os candidatos do VM Sara Oliveira, António Vidigal e Fábio Santos e o mandatário da campanha, José Cardoso.

“Estes quatro colegas vão trabalhar connosco, tornando uma equipa mais forte, coesa, com conhecimentos em várias matérias”, divulgou Vítor Marques, acrescentando que a equipa é composta pelo “presidente, dois vereadores, um adjunto e três secretários, que são pessoas da lista à Câmara Municipal que vão desenvolver atividades como se fossem vereadores, porque reconhecemos neles qualidade de trabalho para algumas áreas”. 

“Não serão cargos políticos, vamos aproveitar as capacidades que estes colegas têm nas áreas em que são mais especialistas e vamos ter um grupo mais forte de trabalho”, adiantou o autarca,

O novo presidente alega que não está preocupado pelo facto de não terem maioria, porque considera que “todos têm o mesmo princípio que é o bem para o nosso concelho”. “Procuraremos diálogo e consensos, mas esperamos manter o nosso ADN”, afirmou.

O novo presidente da Câmara disse que quer contar “com todos os partidos” para governar o concelho e garantir o “pluralismo democrático pelo envolvimento” dos eleitos do PS e PSD e das forças do CDS, PCP, BE e Chega, não representadas nos órgãos autárquicos”.

O autarca fez notar que “o PCP e o CDS, individualmente ou em coligação, desde 1976, nunca estiveram ausentes de, pelo menos, um destes órgãos, mas também o caso do BE com eleitos na Assembleia Municipal em dois ciclos eleitorais anteriores”.

O independente já cumpriu uma das suas intenções, que foi reunir com os candidatos das quatro forças não eleitas, afirmando que a primeira reação foi de “surpresa”. Partilhou com eles “em primeira mão” um conjunto de projetos e procedimentos que já está a desenvolver e depois apelou a “uma relação de proximidade através do acolhimento de propostas, críticas construtivas e de soluções”.

O edil referiu que as ideias dos candidatos dos partidos não representados nos órgãos autárquicos “podem fazer parte de uma solução de governação, desde que não vá defraudar aquilo que é o nosso programa”, o mesmo se passando em relação aos eleitos do PSD e PS.

Vítor Marques espera daqui a um mês “reunir com estas forças para discutir o orçamento, uma vez que não podem estar no executivo camarário ou na Assembleia Municipal”. 

“A governação do concelho das Caldas apresenta desafios que a situação da pandemia veio agravar e estamos preparados para abraçar estes desafios, para procurar as melhores soluções”, assegurou.

O novo executivo da Câmara das Caldas iniciou funções no dia 12 de outubro, um dia depois da tomada de posse. “Já temos reuniões marcadas com entidades exteriores ao concelho, que querem fazer parcerias connosco, vamos trabalhar”, salientou.

Diz que vai começar por “arrumar a casa”, mas que não colocará em causa “o que já está em marcha”.

“Só manter o que está feito já é muita coisa, mas queremos sim estruturar o trabalho de forma diferente, porque acreditamos que teremos mais rentabilidade. Por isso, vamos fazer uma transição correta, genuína, para bem das Caldas, que é aquilo que nós queremos”, reforçou.

Lutar pelo novo hospital

António Curado, do VM, que tomou posse como membro da Assembleia Municipal, admitiu que a responsabilidade é acrescida pelo facto de ter encabeçado a lista mais votada, que “recolheu 8411 votos dos cidadãos eleitores”. 

Lamentou que a Assembleia agora eleita não inclua “representantes das forças políticas tradicionalmente representadas e que muito contribuíram, em anteriores assembleias, para o enriquecimento da discussão dos grandes temas de política autárquica. Refiro-me ao PCP, ao BE e ao CDS”.

O médico disse que não vai escapar à luta pela melhoria dos cuidados hospitalares públicos e em defesa de um novo Hospital do Oeste nas Caldas da Rainha, que “tem sido, ao longo de vários anos, a causa que mais me tem inquietado”, contou.

Apesar da decisão efetiva de um novo hospital “pertencer, por inteiro, ao Governo Central”, sublinhou que “os nossos órgãos autárquicos terão que se arrogar da força necessária para impor uma decisão: um novo Hospital em Caldas da Rainha, para Caldas da Rainha e para toda a região Oeste de norte a sul”. 

“PSD fará oposição construtiva”

Filomena Rodrigues, que tomou posse como deputada da Assembleia Municipal pelo PSD, disse que o seu partido manterá a “postura ética com que sempre interagiu com as outras forças políticas, porque acredita que só assim pode prestar um bom serviço público”.  

A deputada recordou que a candidatura do PSD “não foi a vencedora para a Câmara Municipal, contudo, no que se refere às 12 freguesias e Uniões de Freguesias, elegeu 9 presidentes de Junta, o que corresponde a uma percentagem de 75% e foi a que obteve maior votação para as Assembleias de Freguesias, continuando a ser o maior partido político das Caldas em eleições locais”.

Garantiu que neste ciclo autárquico 2021-2025, no caso das freguesias “onde teremos funções executivas, continuaremos a trabalhar na implementação e desenvolvimento daquilo que acreditamos ser o melhor para cada uma delas e nos outros órgãos contribuiremos para que o concelho possa ser uma referência crescente de bem estar para os que nele vivem e visitam, através de uma oposição construtiva, apresentando propostas com foco nas nossas ideias e naquilo que acreditamos servir melhor os interesses do concelho”.  

“PS regozija-se com esta mudança”

Jaime Neto, em representação dos deputados municipais do PS, destacou aqueles que se estreiam no executivo da Câmara, salientando que “é fundamental pensar de uma forma global para agir melhor a nível local”.

Referiu que o PS perdeu muitos votos e mandatos autárquicos, mas por outro lado “regozija-se com esta mudança há muito desejada de ciclo político nas Caldas da Rainha, para qual tenho trabalhado e contribuído nos últimos mandatos autárquicos através de uma oposição sempre construtiva e apresentação de propostas alternativas”.

“Propostas essas”, adiantou Jaime Neto, que “foram quase sempre ignoradas pelas anteriores maiorias absolutas instaladas na Câmara e Assembleia Municipal, mas que estamos convictos que constituem sementes e que irão certamente desenvolver-se neste novo mandato autárquico”. 

Na Assembleia Municipal, do VM foram eleitos António Curado, Maria de Jesus Fernandes, Joaquim Sobreiro Duarte, Mara Marques, Luís Rolim, Luís Paulo Baptista, Inês Fouto, João Gomes, Inês Alves e José Luís Almeida.

Do PSD tomaram posse Lalanda Ribeiro, Alberto Pereira, Filomena Rodrigues, Paulo Espírito Santo, Rodrigo Amaro, Susana Costa, André Santos e Pedro Marques, e do PS Jaime Neto, Pedro Seixas e Vânia Almeida.

Das assembleias de freguesia tomaram posse: Paulo Sousa (PSD – A-dos- Francos), José Henriques (PSD – Alvorninha), Carlos Freitas (PSD – Carvalhal Benfeito), Fernando Sousa (Foz do Arelho (MIFA), Armando Monteiro (PSD – Landal), Alice Gesteiro (PSD – Nadadouro), Pedro Braz (VM – Pópulo/Coto/S. Gregório), Flávio Jacinto (PSD – Salir de Matos), Fernando Fialho (PSD – Santa Catarina), Nuno Aleixo (VM – S. Onofre/Serra do Bouro), João Lourenço (PSD – Tornada/Salir do Porto) e Rui Henriques (PSD – Vidais).

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