A qualidade e origem sustentável das madeiras e embalagens de papel da fábrica de cutelarias fundada nas Relvas (freguesia de Santa Catarina), nas Caldas da Rainha, foram reconhecidas com certificados de referência.
A Nicul -Nova Indústria de Cutelarias, Lda, fundada em 1972, passou a ter o seu Sistema de Gestão da Qualidade certificado com a ISO 9001:2015, a norma de sistemas de gestão mais utilizada a nível mundial.
A certificação era um objetivo que já há algum tempo fazia parte dos planos da Nicul, tendo sido incluída no Projeto de Inovação Produtiva e Internacionalização iniciado em abril de 2018, que conta com o apoio de fundos comunitários e prevê um investimento de mais de 1,8 milhões de euros. Para a administração da fábrica de cutelarias, a cargo dos irmãos João e Maria José Ramalho, a norma ISO 9001:2015 representa “uma oportunidade de melhoria”, sendo um importante passo para “acompanhar a evolução e as exigências atuais”.
A apostar cada vez mais na internacionalização, a certificação era um processo que os responsáveis pela empresa dizem ser “uma condição determinante para o acesso a outros mercados em condições muito favoráveis”.
Origem dos materiais salvaguardada
A preocupação com a sustentabilidade ambiental foi também reconhecida pelo Forest Stewardship Council, com a certificação FSC, atribuída à madeira usada nos cabos das facas e às embalagens de papel onde estas são comercializadas.
O selo em forma de árvore que a partir de agora pode ser visto nalguns produtos da Nicul atesta que tanto a empresa como os seus fornecedores fazem uma gestão responsável das florestas de onde provêm as matérias-primas. Para a obtenção de um certificado FSC é preciso cumprir um vasto conjunto de critérios, da sustentabilidade dos recursos e da biodiversidade à salvaguarda dos direitos dos trabalhadores florestais.
“Colaboramos com a preservação das florestas para protegermos as gerações futuras”, garante a administração da empresa, que tem na preservação ambiental e na gestão sustentável dos recursos uma das suas grandes apostas. “Pretendemos alcançar um negócio mais competitivo através do autoconsumo, produzindo a eletricidade a partir da energia solar. Para além disso, construímos um sistema de armazenamento e aproveitamento das águas pluviais com o intuito de a reutilizar no processo produtivo, nomeadamente na fase da amolação”, explicam os responsáveis, acrescentando que “os materiais são reutilizados sempre que possível”.
À preocupação com os benefícios ambientais e sociais, alia-se ainda a convicção de que, tal como a certificação da qualidade, também o certificado FSC ajudará a Nicul a chegar a outros mercados internacionais.
Transformação tecnológica
Estas certificações vêm juntar-se a um conjunto alargado de melhorias e investimentos que a Nicul tem levado a cabo nos últimos anos e que projetam a empresa para o futuro. Um dos próximos passos passa pela informatização do processo produtivo, “de forma a aumentar a eficiência e a produtividade dos processos”. A informatização permitirá o armazenamento de uma grande quantidade de informação, com grande rapidez, possibilitando “que os dados sejam tratados e analisados em tempo real, com mais precisão e mais confiança”, o que facilita a tomada de decisões.
“Estamos empenhados em implementar este conceito tão atual que é o conceito de Indústria 4.0”, afiançam os responsáveis pela Nicul.
Presença na feira Host Milano
No âmbito da aposta na internacionalização, a Nicul regressa este às feiras internacionais, apresentando-se mais uma vez na Host Milano. Entre os dias 22 e 26 de outubro, a ‘Estrela do Corte’ apresenta-se naquela que é considerada a feira de referência para os operadores profissionais dos setores de foodservice e hotelaria.
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