“O aumento dos custos da eletricidade coloca a competitividade e a sobrevivência das empresas em risco”, alerta a Associação Empresarial da Região Oeste (AIRO).
“Na sequência da situação pandémica o tecido empresarial português, e nomeadamente da Região Oeste, foi severamente afetado pela crise provocada. No último ano os custos com matérias-primas têm subido de forma muito significativa seja por custos de contexto, aumento de preços generalizados, impostos, entre outros”, faz notar.
A AIRO destaca “o aumento dos preços de energia em janeiro com um custo médio de 42.51€/MWH para um valor médio em setembro de 2021 de 174.68€/MWH”, com a agravante de se prevêem “aumentos até aos 300€/MWH nos próximos meses”.
Para a associação, esta situação “é catastrófica”, uma vez que o tecido empresarial da região é “fortemente dependente da energia eléctrica, seja a indústria transformadora seja o setor primário pela necessidade de camaras de frio para os produtos frutícolas e hortícolas (sendo o Oeste o maior produtor e armazenista nacional destes produtos) bem como câmaras de congelação parta o setor do peixe”. Além destes setores “também a restauração, hotelaria, comercio e serviços serão fortemente afetados”, refere.
“Várias empresas associadas da AIRO têm tido os seus contratos de eletricidade revogados, sendo obrigadas a novos valores com aumentos superiores a 50% face aos contratos anteriores”, sublinha.
De acordo com a AIRO, “este aumento de custos energéticos levará inerentemente à subida de preços de produtos essenciais, provocando um aumento significativo da inflação que não é compatível com o poder de compra atual das famílias”.
Não havendo ainda quaisquer medidas do governo no sentido de apoiar as empresas pelo aumento dos custos energéticos, a AIRO está a trabalhar em propostas de implementação de comunidades de energia na Região Oeste para minorar este agravamento de custos para as empresas.
“A curto prazo serão necessárias medidas urgentes junto do tecido empresarial para garantir a competitividade das nossas empresas, pelo que a AIRO já reportou esta preocupação junto das instituições governativas no sentido de serem criados mecanismos de resposta a esta situação, que se irá agravar nos próximos meses”, revela a associação.
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