O presidente da Junta de Freguesia de Ferrel, Pedro Barata, pediu ao ministro do ambiente e da ação climática, Matos Fernandes, que intervenha no pinhal municipal naquela localidade do concelho de Peniche, considerando que o plano de gestão não está a ser cumprido pela Câmara, ao contrário do que é alegado.
O autarca transmitiu que não recebeu nenhuma comunicação sobre a hasta pública para o abate de árvores no pinhal e que da Câmara não obtém esclarecimentos.
“Esgotámos todas as pontes de entendimento e nada foi feito até ao momento e não podemos ficar parados quando vemos o pulmão do concelho em risco de arder, a ser abatido e a servir única e exclusivamente para se lhe retirar receitas. Só neste mandato foram dois contratos para extração de resinas em mais de trinta mil euros cada e a presente hasta pública teve um valor base de 212.500 euros mais IVA”, descreveu.
Pedro Barata suspeita que tenha sido cortado um lote diferente do que foi licitado, que corresponde a muito mais quantidade de lenha.
No que concerne à extração de resinas, “parece-nos que desde 2020 que não são feitas, no entanto, permanecem espalhados “bidons” e “copos” desta atividade”.
Relativamente a sobrantes das limpezas, “existem casos que estão amontoados há mais de quatro meses”.
“Existe também um despejo de resíduos de todos os tipos (mato, jardinagem, eletrodomésticos, entulhos, plásticos, entre outros) feito pelos serviços do município e pelos serviços da Junta de Freguesia de Atouguia da Baleia”, denunciou, apontando igualmente a existência de “acampamentos ilegais que já foram por diversas vezes reportados e que permanecem sem fiscalização”
“Durante anos o pinhal não foi tratado, mas estava mantido. Neste momento tem estado a ser paulatinamente destruído e isso não podemos aceitar”, sublinhou o autarca de Ferrel.
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