“O hospital deverá ter 400 camas e ser moderno, funcional, tecnologicamente avançado e associado a uma lógica inovadora de proximidade das populações através da criação de clínicas de ambulatório, correspondendo à extensão de algumas atividades hospitalares como exames de diagnóstico e consultas da especialidade e a localizar em centros como Nazaré, Peniche, Torres Vedras e outros)”, adiantou, António Curado que diz que a ideia surgiu depois da entrevista com o ex- governante.
Segundo, António Curado, a criação de um novo Hospital para Caldas da Rainha e para a Região é uma necessidade reconhecida. “Tem havido, ao longo das últimas décadas, mutos avanços e recuos, muitos bloqueios, falta de empenho e vontade política. Houve hesitações entre a solução de ampliação do atual edifício e um novo Hospital, e para essa indefinição têm responsabilidade repartidas os sucessivos governos e as nossas acanhadas autoridades autárquicas”.
“Há cerca de 20-25 anos a vontade de ampliação era pacífica, mas os projetos arrastavam-se nas gavetas dos decisores. A partir de 2004, começou a surgir a ideia de construção dum novo Hospital. Essa ideia ganhou consistência e justificação, e em 2009 foi constituído o Centro Hospitalar Oeste Norte, juntando os Hospitais de Caldas da Rainha, Peniche e Alcobaça, na perspetiva da génese dum novo Hospital para esta região”, apontou.
Adiantou o médico que a escolha do “perfil assistencial do Hospital seria o mais pacífico, mas o avanço do processo esbarrou em guerras de localização e em novas indefinições, mais uma vez com responsabilidades dos diferentes agentes políticos nacionais e locais. Em 2012 foi constituído o Centro Hospitalar do Oeste, fundindo os Hospitais do Oeste Norte com o Centro Hospitalar de Torres Vedras, e com isso ainda mais complexa ficou a solução de um Novo Hospital para uma região.
Mas não há dúvida que é necessário um novo Hospital”.
Apesar da evolução técnica da Medicina, de futuros métodos de monitorização clínica e de soluções alternativas ao internamento hospitalar (como a bem-sucedida hospitalização domiciliária), as camas hospitalares, de acordo com António Curado “continuarão a ser uma necessidade incontornável e a nossa região é uma das mais carenciadas e com menor rácio de camas/1000 habitantes”.
A entrevista com Manuel Delgado, irá para o ar na próxima quinta-feira dia 2 de setembro às 21h00 nas “Quintas da Mudança”, canal de You Tube e Facebook.
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