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Carlos Ubaldo (BE) é motivado por uma gestão do território de forma sustentável

Marlene Sousa

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O professor Carlos Ubaldo é candidato pelo BE às Caldas. É motivado pela “resolução dos problemas ambientais e a gestão do território de forma sustentável” algo que considera que “nunca foi tão urgente”. O mais importante para as próximas eleições autárquicas será “garantir representação nos órgãos a que concorremos para dessa forma existir uma voz capacitada para a devida avaliação das propostas apresentadas e acima de tudo para a apresentação de verdadeiras alternativas”. Para o BE, isso passa por três eixos fundamentais: clima, inclusão e trabalho.
Carlos Ubaldo considera que o bem-estar da população dependem cada vez mais da preservação dos recursos naturais

JORNAL DAS CALDAS – Porque decidiu avançar com uma candidatura à Câmara das Caldas?

Carlos Ubaldo: Esta candidatura surge da vontade coletiva face à necessidade de apresentar uma visão diferente do que deve ser a nossa autarquia. Romper com a cultura de passividade para dar lugar a um município colaborativo, dinâmico e democrático. Fazer as pessoas sentirem que podem apresentar as suas iniciativas, da cultura ao desporto, artes, produção local, dando-se o devido destaque ao que dá vida ao município.

Criaremos as melhores condições para esse desenvolvimento, colmatando os problemas centrais que afetam os munícipes. Para o BE, isso passa por três eixos fundamentais: clima, inclusão e trabalho.

Motiva-nos a resolução dos problemas ambientais e a gestão do território de forma sustentável, algo que nunca foi tão urgente. As alterações climáticas são uma realidade inquestionável, e a vitalidade das economias locais e o bem-estar da população dependem cada vez mais da preservação dos recursos naturais.

J.C. – O que acha que o executivo da Câmara (PSD) deixou por fazer nestes oito anos à frente do município das Caldas? Quais as propostas mais relevantes que pretende fazer nos próximos quatro?

C.U.: Recorrentemente os munícipes sentem ausência de transparência, rigor e independência na ação do município, que não foi capaz de promover mudanças com vista à sustentabilidade climática, limitando-se a tímidas iniciativas e palavras que soam bem, sem considerar as causas da crise climática.

Não foi feito um trabalho de qualidade na promoção das melhores soluções urbanísticas e ambientais, assim como do património cultural.

Propostas do BE relacionadas com a tarifa social da água e resíduos foram aprovadas em Assembleia como recomendações e nada foi concretizado. Foi igualmente aprovada uma proposta de recomendação para um parque de estacionamento de veículos pesados, retirando-os de estacionamento não apropriado, nada tendo sido decidido.

Por todas as freguesias, as passadeiras são de má qualidade e insuficientes, uma falha a colmatar.

As nossas propostas centram-se nos seguintes eixos: Clima: um programa para a emergência climática. Inclusão: Habitação, cultura, juventude, ação social, educação… Trabalho: o problema da precariedade, apoio aos que se encontram em situação de vulnerabilidade.

Algumas propostas: Plano integrado de resposta climática municipal. Obrigatoriedade de todas as obras da responsabilidade do município terem em consideração o princípio da emergência climática (arborização dos espaços públicos; multiplicação dos postos de carregamento elétrico; criação de novas linhas de transporte público com cobertura de todas as freguesias do concelho; construção de rede de ciclovias urbanas e interurbanas, etc.) Defender a Lagoa de Óbidos, garantindo o serviço de dragagem permanente. Recuperar o viveiro do parque D. Carlos. Criar um corpo técnico multidisciplinar de jardinagem e manutenção do Parque e da Mata, o “pulmão” da cidade.

Ao nível da Inclusão: Criação de um conjunto de habitações que visem albergar um número nitidamente crescente de sem abrigo na nossa cidade.

Residência para estudantes deslocados de ensino secundário que realizam movimentos pendulares exigentes diariamente.

Ao nível da Cultura, propomos a implementação de um sistema onde a avaliação de propostas e o acompanhamento dos apoios seja claro e transparente. É fundamental a criação de um regulamento para cultura, desporto, criação artística que inclua justiça laboral.

O BE, propõe-se, sem hesitação, a avançar para a construção de um Canil/Gatil (Centro de recolha oficial de animais de companhia). Apoiaremos integralmente os custos com despesas veterinárias das associações locais que trabalham na defesa dos direitos dos animais.

J.C. – O que pretende fazer para fixar a população no concelho das Caldas e captar mais empresas e indústria? E para valorizar o Comércio Tradicional das Caldas?

C.U.: Pressionar as instâncias superiores para concluir a requalificação integral da linha do Oeste. Este transporte coletivo eletrificado irá garantir uma maior mobilidade à população e preservação do ambiente.

O reforço nos transportes públicos é fundamental para responder à crise climática e ao fator de exclusão social. Todas as freguesias devem ter um reforço no serviço de transporte público.

Criar parques de estacionamento na periferia da cidade, articulando com o TOMA. Facilitação do acesso das pessoas à cidade e do estacionamento para os moradores. Criar uma extensão da linha do TOMA para Tornada;

Valorizar os museus por forma a serem um centro de dinamização cultural atraindo visitantes e consumidores do comércio local.

J.C. – Estamos ainda a viver uma pandemia. Avizinha-se tempos muitos difíceis, com uma crise económica. O que pretende fazer na área social no Concelho para ajudar as pessoas e empresas?

C.U.: Atribuição da Tarifa social da água e criação um programa de reabilitação urbana municipal de edifícios devolutos e de prédios inacabados, de forma disponibilizar alojamento a preços controlados, em especial às famílias mais carenciadas, garantindo ainda a criação de um programa de habitação-jovem. Creches gratuitas para agregados familiares mais carenciados. (0-3 anos).

Criação de Gabinetes de Apoio aos Seniores em todas as Juntas de Freguesia. (Combate à pobreza e exclusão social dos mais velhos).

Os problemas da mobilidade no centro da cidade prejudicam a fruição e o consumo. Lugares de estacionamento pago, o que permitiria um acesso mais efetivo ao comércio local.

Incentivar a criação de uma plataforma informática para divulgação das explorações agrícolas sustentáveis com venda ao público.

Aumento e diversificação do financiamento à criação artística e sua difusão. (Jovens artistas).

J.C. – O que propõe para melhorar a saúde no concelho nos próximos anos? O que vai fazer em relação ao Hospital Termal e ao relançamento do termalismo nas Caldas?

C.U.: A resposta às necessidades do concelho, mas também de toda uma região deve ser dada de forma a que um novo hospital assente em critérios técnicos claros, nomeadamente a acessibilidade das populações. Criação de uma extensão de saúde pública na Serra do Bouro, com equipa de enfermagem em serviço diário e médico em consulta semanal.

Quanto ao termalismo, continuar os investimentos em curso para melhorar o serviço disponibilizado. A autarquia pode potenciar o termalismo do bem-estar e da beleza em complemento ao medicinal. Para tal, deve existir uma estratégia nos espaços urbanos, para uma estada global complementar à utilização do balneário. Toda a envolvência dos espaços urbanos termais e em torno dos mesmos deve comtemplar e privilegiar usos não agressivos.

J.C. – Nunca houve tantos candidatos à Câmara das Caldas. Quais as expetativas em relação ao seu resultado. O que é para si um resultado razoável ou o ideal.

C.U.: O mais importante será garantir representação nos órgãos a que concorremos para dessa forma existir uma voz capacitada para a devida avaliação das propostas apresentadas, para a fiscalização da sua efetiva execução e acima de tudo para a apresentação de verdadeiras alternativas no modo de pensar e fazer, quer na Câmara, quer nas Freguesias. Os eleitores são soberanos na sua escolha, que aceitaremos com espírito democrático.

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