Na sessão de encerramento, o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, fez um balanço positivo do evento, destacando a sua organização e que os visitantes se mostraram agradados com a venda de fruta, artesanato, entre outros produtos.
Segundo o presidente da Câmara, o evento não veio substituir a habitual Feira Frutos, foi uma iniciativa “completamente diferente num contexto da pandemia que ainda estamos a viver com um conjunto de exigências e regras que nos impediram de ter grandes multidões como tínhamos na Frutos”, disse o autarca. Dado às limitações que estavam sujeitos em termos de números, Tinta Ferreira referiu estarem muito satisfeitos com as cerca de 10 mil entradas nos quatro dias, tendo havido um ambiente acolhedor de verdadeira valorização da fruta e dos hortícolas e em simultâneo o que se faz em termos de artesanato no concelho”.
O presidente da autarquia destacou ainda os espetáculos de grande qualidade, revelando que num contexto de divulgação e de permissão de grandes públicos sem limitações “teríamos mais pessoas”.
Devido à melhoria da situação pandémica e ao abrandamento das medidas restritivas, não quiseram de deixar de assinalar a apanha da fruta num evento diferente, mas também com a venda da mesma. Tinta Ferreira alertou para o facto do concelho e o país estar aretomarasatividades não “quer dizer que já podemos voltar à nossa vida normal, porque houve limites de entradas e não podíamos ter bebidas e comida, que é uma vertente que atrai mais publico”. Confessou, no entanto, que o número de pessoas ultrapassou “as expetativas iniciais da organização”.
O autarca referiu que é visível com o “Caldas Anima”, que as “pessoas se desabituaram de assistir a espetáculos ou de sair à noite porque ganharam outros hábitos de vida de diversão em casa”. Considera que é um “processo lento e que este evento contribui para trazer as pessoas aos eventos e iniciativas”.
Tinta Ferreira revela que em 2022 a habitual Feira Frutos voltará ao Parque D. Carlos I. “É um evento estratégico de valorização de uma comunidade, de um determinado produto, investigação científica e da atividade de pessoas num determinado momento, por isso fizemos questão de retomar a Frutos no parque com enorme sucesso”, afirmou.
Expositores satisfeitos com as vendas
Liliana Nóbrega e Nuno Clímaco levaram a Sidrada, ao mercado “Há Fruta no Parque”. Têm participado em todas as Feiras dos Frutos e decidiram participar neste evento para adquirir mais “clientes e visibilidade de uma marca que é recente, que surgiu em 2017”.
A responsável pela marca destacou o município das Caldas por se ter reinventado e ter organizado esta iniciativa dando oportunidade às pessoas de venderem os seus produtos. “Foi muito importante esta iniciativa para as pessoas poderem sair de casa e ouvir música e para nós ainda é mais importante porque queremos vender o nosso produto”, apontou.
Apesar de ser proibido beber sidra no local mostrou-se satisfeita com “a venda para fora onde esgotou a sidra de Pera Rocha”.
Já Ana Filipa Ferreira, natural de Óbidos e com uma enorme paixão, por ervas aromáticas, que criou a Infusa de infusões e condimentos, participou no evento porque “devido à pandemia ainda não tinha tido a oportunidade de apresentar o seu produto num mercado ou feira”.
A responsável pela marca iniciou o projeto no início de março de 2020. A plantação é feita nos campos do concelho de Óbidos e a unidade de produção localiza-se no edifício do Caldas Empreende, onde desinfeta, desidrata, prepara e embala os produtos. Recorda que foi tentar vender num bazar nas Caldas à noite que foi cancelado devido à pandemia. Apesar de ter uma loja online aproveitou a oportunidade deste mercado e esta ajuda que é “fantástica para qualquer produtor poder mostrar e vender o produto ainda por cima num stand que a autarquia ofereceu gratuitamente”, contou.
Dado ao que conhece do Frutos, Ana Filipa Ferreira estava à espera de mais afluência, mas “o último dia superou as expetativas em termos de vendas”. “No que toca à Infusa percebi que há muito mais pessoas a conhecerem a marca do que eu julgava. Vieram muitas pessoas ter comigo a dizer que gostavam muito dos meus produtos, o que é muito bom ter o feedback”, referiu,
“Em termos de contactos para revenda também foi muito bom”, adiantou a empresária.
Ana Filipa Ferreira diz que apesar das pessoas estarem todas de máscaras e não haver “comes e bebes”, foi visível “o estado de espírito das pessoas em poderem voltar a um evento e a um concerto porque além dos lugares sentados havia muita gente em pé a assistir ao espetáculo”.
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