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Digressão pós pandemia traz José Cid às Caldas da Rainha

Marlene Sousa

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José Cid cantou e encantou as largas centenas de pessoas que assistiram ao seu concerto no pavilhão da Expoeste nas Caldas da Rainha que decorreu a 19 de agosto, sendo um dos principais acontecimentos culturais do verão 2021 nas Caldas da Rainha.
José Cid nas Caldas

Desde o início da pandemia foi o seu terceiro espetáculo o maior de dois mais intimistas.

Com cerca de 60 anos de carreira e um grande repertório na bagagem, o cantor português fez mais de duas horas de concerto, um evento que marcou nas Caldas o retorno das grandes atividades culturais na região.

O músico esteve acompanhado por Mário Mata e Teresinha Lobo de 16 anos que se estreou no palco com José Cid. Foi considerada pelo músico uma grande revelação musical.

O espetáculo trouxe temas novas como “A Saída da Pandemia” e grandes êxitos que todos sabiam cantar como “Cai neve em Nova Iorque”, “20 anos”, “Favas com chouriço”, “Nasci p’ra música”, “entre muitos outros.

Uma organização do empresário Paulo Pessoa de Carvalho com o apoio logístico da Câmara das Caldas e Expoeste.

Em declarações à imprensa, o cantor salientou a alegria de voltar aos palcos, “fazer o que gostamos e estar com o público e amigos”. Apesar do concerto ter sido organizado de uma forma repentina, tal não “afetou a animação do público nem a qualidade”.

Ao palco da Expoeste trouxe, Teresinha Lobo, de 16 anos, que é neta de uma amiga. “A jovem tem uma voz espetacular e canta interpretações jazzísticas de músicas antigas portuguesas que foram geniais e que ela interpreta à sua maneira”, disse, o cantor.

Também levou ao espetáculo, Mário Mata que foi número um nos anos 90 em Portugal com a música “Não Há Nada Para Ninguém”, entre outras célebres músicas, por quem Cid tem grande admiração. “Ele foi para os Estados Unidos, esteve lá dez anos. Canta Bob Dylan incrivelmente bem e quando voltou já ninguém o conhecia e nós sabendo da qualidade não só musical como poética decidimos dar-lhe uma

ajuda para que volte à ribalta”, contou.

O artista trouxe algumas surpresas ao concerto, como o tema “No Tempo Feliz”, o seu primeiro single de 2020. O tema faz parte de “Fados, Fandangos, Malhões e uma Valsinha”, álbum que celebra o Grammy Latino de Excelência Musical vencido pelo artista. A canção é dedicada à sua mulher, Gabriela Carrascalão Cid.

José Cid também cantou as suas célebres canções como “Morrer de Amor por Ti”, que levou ao Festival da Canção de 1981, e que recentemente entra na novela da SIC “Amor Amor”.

Questionado se voltaria a participar no Festival da Canção, respondeu que “por agora não” porque “fui mal julgado no último tema que levei em 2018”. O cantor sentiu-se ofendido “por aquele grupinho da Luísa Sobral e companhia que até me podiam ter dado dois ou três pontos, mas correrem todos a zero o que é premeditado”. José Cid sentiu-se ofendido com o sucedido, pois afirma que deu imenso à música cultural portuguesa, e que a sua canção “O Som da Guitarra é a Alma de um Povo” merecia uma melhor pontuação do júri, visto ser um “poema” que “explica Portugal”.

O cantor a região Oeste onde passava férias em São Martinho do Porto e na Foz do Arelho.

Recordou que em 1991 teve nas Caldas da Rainha a “maior proeza desportiva da sua vida”, onde participou no Campeonato Nacional de Salto em Altura a Cavalo com “Woodam, um cavalo extraordinário, com que acabou classificado em 2o lugar saltando 2,08 metros”.

Aos novos aspirantes a músicos, José Cid aconselha o conhecimento musical e a poesia.

Segundo o cantor, as suas letras são “naturais para ele, sentindo que nasceu para a arte da música”.

Em equipa com outros poetas, cria obras de temas variados, dando valor à arte local e desconhecida.

Lamenta o descarte pela “riquíssima” arte cultural portuguesa, e fez um apelo às ajudas aos artistas locais, implementando a música portuguesa na educação.

Para José Cid a “nossa identidade cultural é riquíssima e custa-me ver autarquias a não darem mais oportunidades aos artistas locais de qualidade que precisam de ser promovidos”.

Disse que nunca fez parte de nenhum partido político, mas se fosse ministro da Cultura “fazia o IVA da música igual aos dos livros, fazia com que os instrumentos musicais fossem mais baratos e fazia a educação musical na escolas mais interessante para motivar os jovens pela música”.

O cantautor José Cid apresenta ao vivo, em dezembro, o seu mais recente álbum de originais, “Vozes do Além”. Os concertos estão marcados para os dias 17 e 18, no Hard Club, Porto, e no Capitólio, em Lisboa, respetivamente.

No projeto “Vozes do Além”, em estilo rock progressivo e também alternativo, José Cid revela musicalmente poetas que escrevem “sobre a vida depois da morte” e sobre “o regresso à vida reencarnando seja no que for…”.Os poemas interpretados são da autoria de 15 “poetas sublimes” como Sophia de Mello Breyner e Fernanda de Castro. O triplo vinil conta com rock sinfónico, música

alternativa, power ballads, entre outros estilos musicais. Na contracapa do terceiro vinil estará estampada a capa do seu álbum, que é uma obra criada pela sua esposa.

Fátima Simões, animadora socio-cultural de Óbidos, entregou a José Cid cebola do Sobral da Lagoa e o licor de ginja (Oppidum), como forma de promover os produtos locais.

Paulo Pessoa de Carvalho fez um balanço positivo do concerto que marca o regresso dos grandes eventos com segurança.

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