Os 18,80 metros de comprimento e as perto de 39 toneladas do cetáceo não facilitaram a sua remoção para uma unidade especializada no tratamento de cadáveres de animais em Coruche.
A primeira tentativa ocorreu logo no dia a seguir a ter ido rebocada por uma lancha da Estação Salva-Vidas da Nazaré para o porto de abrigo, onde foi utilizado o equipamento ali existente para içar barcos, o que não se revelou eficaz.
Por isso, houve necessidade de encontrar outra estratégia, que passou por fazer deslocar a baleia comum, do sexo masculino, para o interior de um contentor que foi submerso. Na noite de quinta-feira foi posicionada em cima do contentor, para que com a mudança de maré (praia-mar), por volta das sete e meia da manhã de sexta, viesse a entrar e encaixar naquele equipamento, de modo a ser içada por uma grua e ser levada.
A missão exigiu paciência e foi coordenada pela Proteção Civil das Caldas da Rainha em conjugação com a Capitania do Porto da Nazaré, envolvendo, para além das empresas encarregues da grua e do transporte, um grande contingente operacional constituído por elementos da Estação Salva-Vidas, da Proteção Civil, da Polícia Marítima, da GNR, dos Bombeiros e ligados à proteção do ambiente.
“Estávamos dependentes da maré, que foi propícia à manobra e ficámos contentes por resolver a situação, porque é um alívio para o ambiente”, manifestou Guy Caldas, coordenador da Proteção Civil das Caldas da Rainha.
O comandante da Capitania do Porto da Nazaré, Zeferino Henriques, relatou que “decidimos trazer a baleia para o porto da Nazaré porque não existiam outras condições melhores para ser removida”.
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