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Projeto aprovado para hotel no Parque corrige alguns impactos negativos

Francisco Gomes

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O projeto de arquitetura relativo à adaptação dos Pavilhões do Parque para uma unidade hoteleira de cinco estrelas dos Empreendimentos Turísticos Montebelo, do Grupo Visabeira, aprovado a 31 de maio pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha, corrigiu alguns aspetos negativos apontados pelo executivo PSD e pelos vereadores do PS, e embora ainda seja apontada a necessidade de outras correções, no geral tem a unanimidade dos autarcas.
A maqueta do futuro hotel foi apresentada ao Primeiro Ministro em 2019

“Reconhecemos que o mesmo não corresponde na totalidade àquilo que poderia ser o nosso pensamento, mas o projeto hoje vai muito mais ao encontro daquilo que eram as perspetivas da comunidade caldense”, manifestou Tinta Ferreira, presidente da Câmara.

O projeto do Montebelo Bordallo Pinheiro, que representa um investimento de 15 milhões de euros, é para o autarca o corolário de um processo que “começou com a decisão de receber o património do Parque D. Carlos I, Mata Rainha Dona Leonor e Hospital Termal”, que passou da gestão do Estado central, para a Câmara Municipal.

“Procurou-se, na medida do possível, promover um conjunto de iniciativas diversas de forma a garantir quer a reabilitação da atividade termal, quer a requalificação da Mata e do Parque, de vários edifícios e equipamentos e os espaços onde estão inseridos. Candidatámo-nos a fundos comunitários à requalificação da Igreja Nossa Senhora do Pópulo. Investimos de forma muito significativa no sistema de adução e distribuição de águas termais e hoje temos atividade termal no balneário novo. Estamos também a investir de forma muito significativa na ala sul do primeiro piso do hospital termal”, fez notar.

O presidente da Câmara indicou que o Grupo Visabeira, que está ligado às Caldas da Rainha através da Fábrica de Faianças Bordalo Pinheiro, “interessou-se pelo processo na relação que pode fazer com a própria fábrica e com a marca Bordalo Pinheiro”.

“Estou convicto que o projeto vai no sentido de proporcionar uma dinâmica que reforce a relação entre a atividade cerâmica e a atividade hoteleira turística, com a vantagem de poderem beneficiar do acesso às nossas águas termais, e contribui para o desenvolvimento da nossa comunidade”, manifestou Tinta Ferreira.

Os vereadores Luís Patacho e Jaime Neto, do PS, consideram que “desde o anteprojeto até à versão atual do projeto de arquitetura foi possível reverter alguns dos aspetos que considerávamos negativos”.

Apontaram, nomeadamente, “a desistência da intenção de construção de um parque de estacionamento

subterrâneo numa zona tão sensível, atenta a proximidade do Hospital Termal e da galeria joanina em tijolo maciço existente no subsolo”.

Mostraram-se também satisfeitos com o “recuo da área de implantação inicialmente prevista para o antigo edifício da “Casa da Cultura”, dado que chegou a estar previsto um aumento da área de construção do edifício, com ampliação para o interior do Parque” e com a “desistência da intenção de construção de um piso superior no antigo edifício da “Casa da Cultura”.

“A desistência da intenção de fechar o chamado Céu de Vidro ao público, o que impediria a mobilidade das pessoas no seu atravessamento e respetiva ligação pedonal entre o Largo da Copa e o Parque D. Carlos I, mantendo-se, portanto, a livre acessibilidade das pessoas a esse espaço tão emblemático”, foi igualmente destacada pelos socialistas.

De acordo com os dois vereadores, “foi também possível melhorar, ainda que parcialmente, outros aspetos do projeto que igualmente considerávamos negativos”, como a ligação entre o Céu de Vidro e o pavilhão mais próximo, que servirá de entrada ao hotel. “Tinha inicialmente previsto fazer-se através da construção de um “cubo” cego, em material opaco numa cor desajustada, que corta por completo a passagem de pessoas entre esses dois edifícios, impedindo assim a entrada e saída do Parque junto ao Novo Balneário. Esse “cubo” mantém-se, mas agora passou a ser envidraçado na sua parte inferior”, revelaram.

Quanto ao novo edifício onde antigamente foi o Salão Ibéria, que “apareceu na segunda versão do projeto para compensação da área de construção abdicada (do 1º andar da antiga “Casa da Cultura”), previa, inicialmente, uma maior volumetria e uma cércea mais alta junto ao pavilhão mais próximo, e na versão atual baixou a volumetria e a cércea”.

No entanto, os vereadores do PS ainda entendem haver aspetos que merecem correções: “A entrada do hotel deveria fazer-se pelo lado contíguo à antiga “Parada” e não pelo Céu de Vidro, uma vez que não só desvirtua este simbólico elemento como congestiona toda a zona do Largo da Copa, além de, na atual versão do projeto, impedir por completo a passagem pedonal e até o acesso de viaturas dos bombeiros em caso de incêndio, entre o Céu de Vidro e o pavilhão mais próximo”.

Por outro lado, “ainda que se venha a manter a entrada através da ligação entre o Céu de Vidro e o pavilhão, esta não deveria impedir, pelo menos, a passagem pedonal de pessoas entre esses dois edifícios, eliminando a utilização daentrada e saída do Parque D. Carlos I junto ao Balneário Novo, o que

compromete também a desejável boa acessibilidade de carros de bombeiros em caso de incêndio”.

“Os materiais a utilizar nesta construção deveriam também ser mais transparentes e não opacos, como apresentado na proposta arquitetónica, de forma a distinguir claramente o património edificado existente da nova construção, valorizando também o enquadramento paisagístico do conjunto”, defenderam.

Em relação aos materiais do novo edifício multiusos a implantar na zona do antigo Salão Ibéria “deveriam também ter também outra leveza e reflexão luminosa, porventura com recurso a materiais translúcidos de baixa manutenção, designadamente em vidro parcialmente refletor, assim como uma estrutura metálica que se distinga claramente pelo contraste com a estrutura tectónica em pedra do património existente, beneficiando ao mesmo tempo o enquadramento paisagístico dos Pavilhões do Parque e da nova construção no contexto tão sensível e simbólico do Parque D. Carlos I”.

Os socialistas consideram o “ interesse público municipal e até nacional” neste projeto, que “constituirá uma importante infraestrutura de apoio ao nosso termalismo, potenciando a diversificação económica e social da estância termal das Caldas da Rainha no seu conjunto”, sendo também “um fator de apoio ao desenvolvimento do turismo regional, não só no concelho como na globalidade da sub-região do Oeste,

aumentando o número e a qualidade da oferta de camas na cidade das Caldas da Rainha e dotando-a de mais e melhores condições para acolher eventos de maior envergadura, designadamente congressos ou similares”.

Os vereadores sustentam que o projeto de reabilitação e requalificação dos Pavilhões do Parque deve ser “muito rigoroso e de elevada qualidade arquitetónica e paisagística, atento o espaço sensível e tão simbólico em que se enquadra”.

O projeto, aprovado na generalidade, tem quase todos os pareceres favoráveis. O hotel terá mais de uma centena de quartos e ocupará uma área de 15.500 metros quadrados.

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