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Atletas caldenses sonham em “trazer uma medalha” dos Jogos Olímpicos

Mariana Martinho

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Na véspera de viajarem para o Japão para representar Portugal nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o ciclista João Almeida e o triatleta João Pereira foram homenageados pelo município das Caldas da Rainha, numa cerimónia de reconhecimento que se realizou no dia 14 de julho, junto ao Complexo Desportivo Municipal, onde ambos admitiram o “sonho de trazer uma medalha para casa” e anteciparam expetativas quanto à sua participação nas olimpíadas de verão, que arrancam a 23 de julho.
Os atletas com o presidente da Câmara Municipal

Os dois atletas naturais do concelho de Caldas da Rainha estiveram presentes no momento que serviu como forma de reconhecimento público e institucional do seu desempenho e percurso individual, tendo ambos prometido dar o máximo no Japão. No caso de João Almeida, que vai estrear-se nos Jogos, depois de ter sido sexto na edição de 2021 da Volta a Itália, assumiu que “estar lá é já uma grande vitória”.

“Mas tudo o que vier é bem-vindo. Obviamente, trazer uma medalha para casa de uns Jogos Olímpicos será um sonho tornado realidade”, apontou o ciclista de 22 anos, garantindo estar “muito satisfeito” com a sua preparação.

Igualmente disse que “tenho tudo para me sentir bem e para correr bem. Sei que os adversários são fortes, mas fiz uma boa preparação, a melhor que consegui, e acho que estou preparado para dar o meu melhor”.

O atleta, que espera “muita dureza” nos Jogos de Tóquio, refere que a sua participação será “uma grande experiência”, pois já conhece o percurso dos Jogos, tanto o contrarrelógio, como o de estrada. “Vão ser corridas muito duras. Vai ganhar o mais forte, mas é preciso correr com inteligência”, apontou o ciclista, adiantando que será “com orgulho” que leva as Caldas da Rainha até ao Japão.

Também o triatleta João Pereira, de 33 anos, ambiciona uma medalha, depois do quinto lugar nos Jogos de 2016. “Quando me comprometi a trabalhar foi para tentar melhorar o resultado”, referiu o caldense, adiantando que “é bastante complicado, mas fui apoiado durante quatro anos para tentar trabalhar para uma medalha. Não escondo: o sonho é trazer uma medalha”.

Durante os últimos meses, o triatleta procurou preparar-se bastante, sobretudo a pensar na “questão da climatização, que vai ser importante, porque vai ser uma prova muito quente, com a temperatura da água muito quente”. “A minha prova começa às seis e meia da manhã e também tivemos de mudar horários a pensar nisso. As condições vão ser bastante duras, mas fizemos uma boa adaptação”, explicou João Pereira, que se mostrou confiante nas suas possibilidades de trazer a medalha de uma prova “muito imprevisível, para a qual os 55 atletas a alinhar à partida trabalharam todos muito durante cinco anos”.

O atleta também disse que “há um milhão de atletas no mundo que fazem triatlo e ali já só estou a lutar contra 54. Ou seja, já reduzi tantos, porque não hei-de ser eu o melhor? É assim que penso”.

Recordou ainda o facto de em 2016 ter sido “um dos maiores críticos, por causa das condições, e neste momento não consigo criticar ninguém”, descrevendo as condições dadas pela Federação de Triatlo, Comité Olímpico de Portugal, Instituto Português do Desporto e da Juventude e Câmara Municipal das Caldas da Rainha para “continuar a treinar e para estar o melhor possível”.

No fundo, segundo João Pereira, “acaba por ficar toda a responsabilidade da minha parte, porque todos fizeram o que era suposto fazer para eu conseguir chegar aos Jogos Olímpicos nas melhores condições”. Contudo, “mais do que o próprio resultado, é sentir que consegui dar o meu máximo”.

Embaixadores da cidade

Além da presença dos atletas, o evento contou com a presença de familiares, amigos e de dirigentes, como foi o caso do presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, que destacou a “forma apaixonada como a autarquia sente aquilo que são os desempenhos dos caldenses nos diferentes palcos desportivos, no caso concreto nos Jogos Olímpicos”.

Recordou que uma das primeiras pessoas a ser objeto de distinção por parte da autarquia foi o chefe de missão Marco Alves, caldense que já se encontrava na Aldeia Olímpica a preparar tudo.

Já o presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, Vítor Pataco, referiu que “as Caldas da Rainha é uma cidade desportiva e tem um acolhimento muito caloroso às modalidades, como é o caso do ciclismo, triatlo, pentatlo, entre outras”.

Em relação aos atletas, disse que “ambos são embaixadores da sua cidade, e por isso é muito importante que os municípios façam este tipo de reconhecimento e que valorizem aquilo que são as origens dos seus atletas, e ainda apoiem o trajeto que eles fazem”.

Presente na iniciativa também esteve o vereador do desporto, Pedro Raposo, e o presidente da Câmara Municipal, Tinta Ferreira, que declarou que “é um motivo de orgulho para nós o facto de ter dois atletas das Caldas da Rainha a participar nos Jogos Olímpicos, e isso é um momento histórico”. “Quer um quer outro já deram provas do seu potencial e da sua capacidade, e por isso o que vos pedimos é o costume, que deem o vosso melhor e dedicação na competição”, manifestou o edil, desejando que “esta iniciativa também sirva de referência à juventude para a prática desportiva”.

Além da mala, os atletas também levam “uma lembrança especial”, uma ilustração do artista caldense Bruno Reis, que representa a dimensão humana não só olímpica, mas também paralímpica.

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