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Intensificação da vacinação motiva filas nas Caldas

Francisco Gomes

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A intensificação da vacinação para dar resposta à variante Delta da Covid-19 tem causado em alguns períodos filas ao longo de mais de duas horas no exterior do Pavilhão da Mata, onde funciona o Centro da Vacinação, e apesar da dificuldade em dar escoamento ao aumento de utentes, os profissionais de saúde vão tentando gerir a situação após os primeiros dias em que a capacidade de resposta foi insuficiente
Há dias em que existem longas filas, outros em que a espera é pouca

Quem tem recebido queixas é a Câmara Municipal das Caldas da Rainha, apesar de “não ter responsabilidade direta no processo de vacinação”, como sublinha um comunicado da autarquia, que através do Serviço Municipal de Proteção Civil acompanha em permanência a atividade do Centro de Vacinação.

“Têm chegado aos nossos canais de comunicação, reclamações de utentes, naturalmente em dias que se verificam problemas de alguma ordem, reivindicando uma ação de correção da situação por parte da autarquia. A Câmara lamenta as dificuldades sentidas na operacionalização da vacinação – gerida a nível nacional por uma task force para o efeito – e que acabam por condicionar fortemente o normal decurso da mesma, provocando filas de espera e aglomerados”, refere a autarquia, que vinca que “as convocatórias dos utentes, o agendamento e a gestão de horários/marcações são da responsabilidade dos serviços centrais da Saúde”.

“Neste combate coletivo à pandemia, o município está, como sempre esteve, disponível para apoiar, como lhe for possível, as autoridades de saúde e entidades envolvidas no combate à Covid-19, naquilo que as suas competências permitirem. Apoio logístico, disponibilização de espaços, distribuição de equipamentos, pessoal de apoio, entre muitos outros, são algumas formas da autarquia contribuir para o processo em curso, como já fez com os dois hospitais de campanha, o apoio ao centro de vacinação para a gripe, entre outras necessidades transmitidas”, indicou a Câmara.

A autarquia agradece o empenho que tem verificado nos profissionais que têm trabalhado no processo de vacinação.

Câmara da Nazaré queria vacinação no pavilhão municipal

A Câmara da Nazaré considera que as “condições de conforto dos utentes” no centro de vacinação Covid instalado no Centro de Saúde da vila “não estão totalmente asseguradas, uma vez que as filas e os tempos de espera são assinaláveis”, manifestando que a situação “não só prejudica utentes para vacinação como os restantes utentes”.

A autarquia esclareceu a população que em finais de março apresentou uma proposta à entidade organizadora deste processo, o Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Norte, para utilização gratuita de um dos pavilhões municipais “para que o processo de vacinação fosse efetivado de forma mais organizada, com maior segurança, e acima de tudo, com maior conforto”, contudo, “essa proposta não foi atendida”.

O Município faz notar que o processo de vacinação não é da responsabilidade da Câmara, mas sim do Ministério da Saúde.

Entretanto, face ao aumento exponencial de casos de Covid-19 registados nos últimos dias, devido ao aparecimento de surtos na comunidade, quer por via do contacto direto no agregado familiar, entre familiares ou amigos, ou fora do contexto do agregado, a subcomissão para a Covid-19 da Comissão Municipal de Proteção Civil da Nazaré deliberou retomar a informação sonora e pendões em quatro idiomas (português, inglês, francês e espanhol) na marginal da Nazaré, com as regras que devem ser respeitadas tanto na praia como na via pública.

Decidiu também solicitar a colaboração das forças de segurança para a manutenção da ordem pública e cumprimento das regras da Direção-Geral da Saúde, apelando ainda a uma melhor colaboração das pessoas infetadas com a Autoridade Local de Saúde, no processo de rasteio e inquéritos epidemiológicos, com o objetivo de identificar, com maior celeridade, os contactos de risco e, assim, evitar novas cadeias de transmissão.

Afluência elevada às urgências

As urgências gerais e Covid dos hospitais das Caldas da Rainha e Torres Vedras têm vindo a registar, nos últimos dias, uma “afluência elevada”, o que tem obrigado a desviar doentes graves para outras unidades hospitalares por estarem em sobrelotação, revelou à agência Lusa a presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), Elsa Baião.

Em Torres Vedras as doze camas da enfermaria Covid-19 encontram-se lotadas, com doentes pertencentes às faixas etárias dos 30 e 40 anos, na sua maioria, tendo sido criadas mais onze camas.

O CHO está assim a preparar-se para a subida dos casos de internamento, em resultado do aumento do número de infeções.

No primeiro trimestre deste ano na área de internamento dedicado à Covid-19 chegaram a existir 142 camas (80 em Torres Vedras e 62 nas Caldas da Rainha), que foram sendo desmanteladas à medida que os casos de infeção e a pressão nos hospitais foram diminuindo.

Duas dezenas de infetados devido a festa de finalistas

Uma festa de alunos finalistas de uma escola secundária das Caldas da Rainha, que reuniu cerca de 130 participantes, no dia 26 de junho, no concelho de Óbidos, originou duas dezenas de casos positivos de Covid-19 e colocou 160 pessoas em isolamento profilático, entre estudantes, familiares e outros contatos próximos.

A testagem prévia tinha-se revelado negativa para todos os participantes, viabilizando a festa.

Para o presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Tinta Ferreira, deve ser a Direção-Geral da Saúde (DGS) a autorizar este tipo de eventos e não as autoridades locais de saúde, para não criar diferenças entre concelhos em relação ao número de participantes. Por outro lado, o autarca apontou que não existe possibilidade de verificar se são cumpridas na íntegra as regras de contingência definidas pela DGS.

“Pode haver um plano de contingência, mas é possível garantir que é cumprido? Para isso era preciso ter um fiscal em cada festa”, manifestou Tinta Ferreira, que defendeu maior restrição nesse tipo de festejos.

De acordo com a delegada de saúde coordenadora da Unidade de Saúde Pública Oeste Norte, Cristina Pecante, os primeiros casos desenvolveram sintomas e após teste acusaram positivo, mas a maioria dos infetados encontra-se assintomática.

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