“O conhecimento vem, sobretudo, a partir dos livros”, refere o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, reafirmando a ideia de que “somos os livros que lemos”. Humberto Marques diz que acredita “na dimensão humana do ser” e, por isso, é preciso “ter boas bibliotecas para que as pessoas possam chegar àquilo que nós sonhamos para o território”.
Aludindo à posição de José Saramago, Humberto Marques destacou a importância “da democratização dos livros”. “Considero que essa é uma responsabilidade pública e temos de democratizar esse acesso”, concluiu.
Uma ideia defendida por Pilar del Rio, viúva de José Saramago e presidente da Casa com o nome do Nobel português da Literatura. “Para as pessoas da zona, é importante ter uma biblioteca, porque nem todos têm dinheiro para comprar livros”, disse, exemplificando que “toda a formação de José Saramago foi feita em bibliotecas municipais”. “Se não fossem as bibliotecas, nunca teria sido escritor, mas também não teria sido o homem que foi e continua a ser”, garantiu Pilar Del Rio, frisando que “uma biblioteca não é um museu”. “Os livros têm pessoas dentro”, vincou.
José Pinho, da Sociedade Óbidos Vila Literária, disse que a Casa Saramago “deveria ter uma atividade regular e, depois de ver o que aqui está hoje, estou com uma grande satisfação”.
Ana Sofia Godinho, chefe de Divisão de Educação do Município de Óbidos, manifestou que “queremos que os obidenses se revejam nesta casa, nesta biblioteca”. A responsável explicou que, para além das valências tradicionais de uma biblioteca e dos quatro eixos que vão nortear a sua estratégia, “recuperámos o Story Centre, que é a forma como as crianças veem o [seu] território e vamos ter a primeira exposição dos trabalhos desses alunos e queremos, ao longo do tempo, ir atualizando [todo este espólio]”.
A Casa José Saramago – Biblioteca Municipal de Óbidos, abre das 10h00 às 18h00, de segunda a sexta, com uma lotação máxima de 25 pessoas, devido às restrições que se encontram em vigor.
0 Comentários