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Hospital, Lagoa e Linha do Oeste dominam Fórum Intermunicipal do PS

Mariana Martinho

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“O novo hospital para o Oeste será garantidamente uma realidade, sendo uma questão de tempo”, afirmou o ex-presidente da Federação de Leiria do PS e atual secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Sales, no passado sábado, no Fórum Intermunicipal do Partido Socialista, que decorreu no auditório da Expoeste, e onde foram abordados temas desde do ambiente à mobilidade, passando pela saúde e pela recuperação económica no pós-pandemia.
António Sales marcou presença no Fórum Intermunicipal do Partido Socialista

O encontro, que foi organizado pelas concelhias do Partido Socialista das Caldas da Rainha e de Óbidos teve como intuito “construir as necessárias pontes, com vista a apresentar aos nossos concelhos os melhores programas e opções de desenvolvimento nas próximas eleições autárquicas”, explicou Sara Velez, presidente da concelhia das Caldas da Rainha do PS.

Já o presidente da Federação Distrital de Leiria do PS, Walter Chicharro, referiu que “hoje dá-se um passo muito importante na afirmação destas duas candidaturas às câmaras municipais de Caldas da Rainha e Óbidos, sendo ainda um sinal claro para o futuro de ambos os concelhos, que não podem estar circunscritos aos limites das suas fronteiras”. Nesse sentido, “é nossa responsabilidade fazer com que o PS devolva a Caldas da Rainha e a Óbidos a ambição que merecem”.

Foi analisado no fórum a realidade local, nomeadamente a saúde no Oeste, onde o ex-presidente da Federação de Leiria do PS e atual secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Sales, reconheceu que “o Centro Hospitalar do Oeste precisa de uma reorganização”.

Quanto ao novo hospital, António Sales disse que “continuamos a discutir esta matéria”, assegurando que “o novo hospital para o Oeste será garantidamente uma realidade, sendo uma questão de tempo”. Primeiro, de acordo com o governante, “tem que ser feita uma preparação técnica para depois tomar decisões políticas”.

“Neste momento estamos numa fase de decisão técnica, em que foi adjudicado um novo estudo técnico à Universidade Nova de Lisboa, que deverá apresentá-lo dentro de nove meses”, adiantou António Sales. Enquanto isso não acontece, o governante salientou que é preciso manter as estruturas existentes e os recursos humanos, de modo, “a dar melhor assistência às nossas populações”.

Na iniciativa também relembrou o investimento, que “será extremamente importante para o polo de Caldas da Rainha, e que é uma velha ambição, a criação de uma Unidade de Cuidados Intensivos no Centro Hospitalar do Oeste”. Estrutura essa, que segundo o governante, vai “permitir criar condições que vão melhorar a saúde das pessoas, estando neste momento a Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e Referenciação de Medicina Intensiva a trabalhar intensamente no seu planeamento”, e por isso, “o prazo expectável do estudo será para 2022”.

Outro dos temas abordados foi a Lagoa de Óbidos e a sua sustentabilidade futura, tendo o presidente da Associação de Pescadores e Mariscadores Amigos da Lagoa de Óbidos, Fernando Ângelo, referido que os mariscadores têm vindo a adaptar-se à realidade da Lagoa, devido às várias circunstâncias.

No que diz respeito às dragagens, o responsável sublinhou que “a Lagoa vai sofrer a maior intervenção da sua história, que se vai centralizar na zona da Barrosa e da boca do rio Arnóia e terá um orçamento superior a 14 milhões de euros”.

Esta intervenção, segundo Fernando Ângelo, “será muito importante para a Lagoa, fazendo com que tenha mais pressão de água e com isso faça uma melhor abertura na zona da aberta”.

Em relação à Linha do Oeste, o coordenador do Plano Ferroviário Nacional, Frederico Francisco, afirmou que “o projeto está em curso, com a modernização da linha a sul das Caldas da Rainha, no troço entre Mira Sintra-Meleças e as Caldas da Rainha”.

A modernização, que será dividida em duas fases, irá implicar a eletrificação, a instalação de sinalização eletrónica moderna, a colocação em padrões modernos e operacionais, e ainda a redução de tempo em termos de viagem.

A primeira fase terá um investimento de cerca de 120 milhões de euros, com conclusão até final de 2023. Já a segunda prevê a conclusão da eletrificação de toda a extensão da linha. Desse modo, “a Linha do Oeste vai ficar completamente eletrificada e modernizada”.

Relativamente à retoma económica no pós-Covid participou o secretário-geral da Associação Empresarial da Região Oeste (AIRO), Sérgio Félix.

No fórum, os elementos de ambas as concelhias apontaram algumas das medidas políticas essenciais para a sustentabilidade futura da Lagoa de Óbidos, como a vigilância permanente, através de um observatório ou uma comissão intermunicipal e, não menos importante, a regulamentação de todas as questões relacionadas com as atividades profissionais e lúdicas que decorrem neste local.

Apontam-se como investimentos o desenvolvimento de acessos e condições adequadas de apoio às praias, um parque de merendas com churrasqueira e bar de apoio na Barrosa, na zona de Óbidos, e a finalização do trilho entre o Nadadouro e a Barrosa.

Igualmente propuseram que sejam implementadas medidas de organização e promoção de formação, no âmbito das novas tecnologias, de acordo com as necessidades de cada município, a compilação da oferta gastronómica do território, criando uma marca representativa dos dois concelhos, a elaboração um diagnóstico da situação atual das empresas, identificando necessidades e fragilidades, e, por fim, o levantamento ou atualização dos cadastros municipais, que permita identificar quais as medidas de reabilitação urbana e/ou rural a implementar.

No que diz respeito à saúde, ambas as concelhias defendem a criação de um novo hospital do Oeste, mas consideram que deve ser garantida a resposta e qualidade dos serviços e das infraestruturas já existentes, incluindo a sua ampliação e o aumento da atratividade das condições hospitalares para contratação de especialistas, passando ainda pela reorganização do modelo de governação das atuais unidades hospitalares.

Na conclusão desta iniciativa, o candidato do PS à Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Luís Patacho, fortaleceu a necessidade de se investir fortemente na economia dos concelhos, atraindo investimentos promotores de desenvolvimento económico e social, e ainda a necessidade de ter uma ação política proativa, na procura dinâmica de respostas às necessidades da população. Já o candidato do PS à Câmara Municipal de Óbidos, Paulo Gonçalves, destacou a colaboração entre os dois concelhos e a necessidade de se assumir uma dimensão ética dos agentes políticos na sua relação com os eleitores, evitando as promessas vagas e a procura do voto fácil.

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