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“Olha que dois”!

António Maldonado Freitas

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A indelével ligação de Rafael Bordalo Pinheiro à nossa cidade começou a ser traçada pela decisão de, conjuntamente com o seu irmão Feliciano, fundar e instalar a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha em 1884, consagrando numa vertente de produção industrial a cerâmica artística local, cujos percursores haviam sido, numa fase embrionária e artesanal, Maria dos Cacos, Manuel Cipriano Gomes ("Mafra"), os irmãos Alves da Cunha e José Francisco de Sousa, entre outros.
António Maldonado Freitas

O superlativo significado do legado que Bordalo nos deixou como marca identitária da própria cidade foi resistindo ao desgaste cronológico, tendo chegado aos “nossos dias” com uma vitalidade surpreendente (…), pesem as diversas vicissitudes a que a Fábrica de Faianças foi sendo sujeita ao longo da sua centenária existência (1884-2021). Impõe-se, aqui e agora, uma palavra de reconhecimento, regozijo e coletiva gratidão relativamente à oportuna, dedicada, rigorosa e competente intervenção operada pelo grupo empresarial Visabeira, no sentido da sua recuperação, manutenção e dinamização, que a levaram a assumir-se como uma respeitável referência de incontornável afirmação no mercado global da Cerâmica Artística Industrial.

A criação da Rota Bordaliana, pela Câmara Municipal de Caldas da Rainha, fez jus ao que lhe era exigível, assumindo-se como ato refundador da memória artística local do setor da faiança e da cerâmica, particularmente da criatividade de Bordalo Pinheiro, numa urbe que se reclama das artes, da cultura e recentemente classificada como Cidade Criativa.

Isabel Castanheira, figura de referência no plano cultural, fundadora da saudosa Livraria 107, espaço de tertúlias e dinamização literária, infelizmente encerrado há uns anos, “bordaliana de alma e coração”, com publicações regulares de livros, crónicas e artigos na imprensa acerca da figura e obra do artista, colocou um desafio à edilidade, lançando a ideia de se perpetuar a sua importância num memorial a instalar no centro da cidade.

Em boa hora o executivo camarário “arregaçou mangas” e “meteu mãos à obra”, num aturado, empenhado e perseverante trabalho de conceção, projeto e execução formal do corpo escultórico, entregue a um triunvirato de talentosos artistas que o trouxeram à realidade.

Naturalmente que o “Zé Povinho”, alter ego, “ex-libris” e figura central de toda a produção bordaliana no plano da caricatura social, não poderia ficar “de fora” neste projeto.

Assim, a partir de agora, na principal artéria da cidade, a conhecida “Rua das Montras” (Almirante Cândido dos Reis), que conduz ao coração do seu centro histórico a “Praça da Fruta”, aí estão Mestre Bordalo Pinheiro e o seu/nosso “Zé Povinho” a consagrar definitivamente a sua icónica importância na memória histórica local. É caso para se exclamar com satisfação: “Olha que dois”!

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