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Histórias do Termalismo

16. O que há de novo no turismo?

Jorge Mangorrinha

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Uma das vertentes do termalismo é a sua capacidade de obter fluxos turísticos para os locais de saúde providos de água mineral natural, mas presentemente também é necessário que ele acompanhe as mudanças decorrentes da pós-pandemia. Nestes últimos dias, depois da entrevista no Centro Comercial La Vie, nas Caldas, cumpri o convite para fazer, em Mirandela, uma conferência, que intitulei “O que há de novo no turismo?”, de que retenho, neste artigo, os pontos essenciais, que também se prendem com os territórios do termalismo, no contexto de um novo turismo mundial.
Jorge Mangorrinha

Portugal está na moda para fazer turismo, mas não é menos verdade que as modas do turismo estão a mudar. O turista procura mais a genuinidade, a personalização, a simplicidade, os sabores regionais, a natureza e uma boa relação entre a história e a contemporaneidade. E até o luxo – hoje – é isso. O mundo mudou e vai mudar ainda mais, depois de passar a pandemia. É preciso começar a pensar numa retoma do sector das viagens e do turismo, no qual o termalismo e o turismo de saúde e bem-estar também se inserem, mas é preciso aprender com os erros, para se recomeçar de forma sustentável. As viagens mudam e também refletem mudanças na sociedade.

1. Viajar com conhecimentos predefinidos de um destino é algo com que, pela existência das redes sociais, as pessoas deverão saber lidar. Porventura, os destinos que podem desiludir são aqueles que mais informações deles temos e podem não acrescentar nada àquilo que se sabe, pelo que o desafio dos responsáveis pela oferta turística é surpreender.

2. Gerir expetativas, pois o que é bom para os outros pode não ser bom para mim, mesmo no domínio termal. Uma viagem é uma luta de gestão de expetativas, uma ótima forma de nos ajudar a escolher os nossos destinos de viagem e a definir o tipo de viajante que somos e o que queremos. Se escolhermos aquilo que realmente queremos e precisamos, numa lógica diversificada, porventura, não iremos todos para os mesmos lugares.

3. Experienciar o turismo de natureza e, por oposição, escolher menos o turismo de massas, porque os impactos dessa massificação resulta frequentemente numa perda da qualidade de vida das populações locais e dos visitantes. A retoma será uma excelente oportunidade para se mudar. Se nós ditarmos ao mercado o que queremos, o mercado terá de ouvir.

4. Contribuir para reavivar áreas rurais pode passar por escolher áreas e territórios mais deprimidos e menos visitados. Podemos ajudar a contribuir para as economias locais, como o agroturismo e o termalismo. Numa atividade fortemente dependente do mercado externo, o turismo nacional terá de criar mecanismos para atrair o turismo interno e a sua adesão àqueles produtos e destinos.

5. Estar atento à certificação de sustentabilidade ambiental da oferta, porque se a questão já estava na ordem do dia agora está ainda mais. Se o turismo tem de se renovar, é importante que, para além da certificação de segurança e higiene, as unidades turísticas passem a ter uma certificação de sustentabilidade ambiental. Da mesma forma que foi adotado o selo “Clean & Safe” para as Termas de Portugal, criado pelo Turismo de Portugal, com a Associação das Termas de Portugal, que visa reconhecer as empresas e outras entidades concessionárias e/ou titulares de termas que assumam o compromisso de cumprir as recomendações emitidas pela Autoridade Turística Nacional, em articulação com as orientações da Direcção-Geral da Saúde, para reduzir riscos de contaminação dos seus espaços com o SARS-CoV-2 ou outras infeções, através de procedimentos mínimos de limpeza e higiene a adotar e a incentivar a retoma do turismo a nível nacional e internacional, reforçando a confiança de todos os turistas do segmento saúde e bem-estar no destino Portugal e nos seus recursos turísticos, hoje e no futuro.

6. Fazer recolha seletiva de lixos nos destinos turísticos, bem como assim, reduzirmos a quantidade de plásticos que usamos. O plástico é reciclável, mas ao ritmo de que é consumido, especialmente o plástico de apenas uma utilização, isso é impossível. Um alerta para responsáveis de balneários termais e alojamentos localizados das respetivas áreas de influência.

7. Consumir produtos endógenos é uma medida que vale a pena reforçar e estimular do ponto de vista da oferta, porque é muito importante que se consuma localmente, para que as comunidades recebam mais retorno do turismo. Estas pessoas abrem-nos a sua “casa”. No fundo, tudo seria mais fácil se todos os visitantes tivessem este princípio, um valor que é inerente, mas também se aprende com a oportunidade de viajar.

Para finalizar, imagine-se um duche circular, em que todos os pontos de água confluem para o centro. Esta analogia prende-se com aquilo de que necessitamos, presentemente. Temos todos que ser mais responsáveis, mais conscientes e mais exigentes, em prol de um tronco comum – o turismo mundial, de que Portugal e as termas em particular são parte integrante.

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