“O vereador Hugo Oliveira e o presidente do PSD das Caldas, Daniel Rebelo, tinham vontade que eu fosse o número um à Assembleia Municipal, mas como o presidente Tinta Ferreira e a vereadora Maria da Conceição rejeitaram, então não posso aceitar fazer parte da lista em lugar nenhum”, contou Fernando Costa.
No entanto, sublinha que o que motivou mais a rejeitar qualquer lugar na lista do PSD das Caldas foi o facto de Maria da Conceição “ser candidata à presidência da União de Freguesias de Caldas da Rainha, Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório”, no qual considera ser “um grande erro”.
Apesar de não ser candidato em nenhuma lista, o ex-autarca das Caldas tem “todo o gosto em falar do concelho que adoro” e onde ainda sente alguma responsabilidade “pelos defeitos ou virtudes que possa ter”. “Havendo eleições autárquicas daqui a uns meses é com muito gosto que ajudarei os candidatos a elaborar as estratégias para o concelho e os eleitores a fazer a melhor escolha”, apontou.
Militante do PSD desde 1974, Fernando Costa continua fiel aos ideais do seu partido. Apesar de considerar, Vítor Marques, cabeça de lista por um movimento independente, um “candidato muito forte que ganha na cidade”, acha que “o PSD vai vencer no concelho”.
No entanto, afirma que a candidatura de Vítor Marques “está a assustar” os social-democratas, que “temem poder perder depois de estarem à frente do município das Caldas há 36 anos consecutivos”.
O problema principal que as Caldas têm pela frente é a construção do novo Hospital do Oeste, afirmando Fernando Costa que tem informações que “não vai ser feito neste concelho”. “Se fosse feito em Óbidos estávamos bem porque é aqui perto, mas o novo hospital vai ser decidido a favor de Bombarral ou Lourinhã”, contou, acrescentando que “tinha defendido há três anos na assembleia das Caldas que fizessem um estudo fundamentado para defender que o hospital seja nas Caldas”. “Inclusivamente o terreno que eu comprei para o hospital já está alterado”, referiu. O ex-autarca das Caldas considera que “o hospital sair do concelho é a maior facada que se dá à cidade das termas, que é o nosso gene”.
Outra crítica que Fernando Costa faz à gestão do atual executivo do município é ao aumento da “tarifa da água, saneamento e dos resíduos sólidos, que fez com que a fatura aumentasse cerca de 30% a 50%”.
Garantiu quando saiu da autarquia deixou uma situação financeira “muito boa, no valor de 7,2 milhões de euros”, e, entretanto, estranha que a Câmara “tenha feito empréstimos de 7,9 milhões de euros nestes últimos oito anos”.
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