A eurodeputada recordou que este centro foi criado em 2007, através do “contrato assinado por mim em representação da Comissão Europeia (CE) na altura, e segunda geração em 2010”, apontando que “este centro tem feito um trabalho excelente e por isso tem vindo sistematicamente a renovar a sua colaboração com a CE”.
Além dos fundos comunitários que financiam projetos, Margarida Marques destacou outros benefícios devido “à nossa presença na União Europeia (UE)”. Deu o exemplo do processo de vacinação contra a Covid-19, e, que a CE “comprou vacinas em nome dos 27 países e distribuiu equitativamente entre todos”. “Se Portugal não fosse estado membro da EU talvez só iniciaria o seu processo de vacinação depois do verão e depois dos países com uma grande capacidade financeira”, apontou.
Destacou ainda a aprovação da lei que permite à CE aceder aos mercados de capitais para recolher os 750 mil milhões de euros do fundo de recuperação que vai financiar os planos nacionais de recuperação e resiliência. “Pela primeira vez a CE vai aos mercados na mais alta categoria de classificação em nome dos 27 estados membros para a seguir poder distribuir o financiamento”. “Portugal vai receber cerca de 16 mil milhões de euros deste fundo”, afirmou.
“Temos um impacto brutal na economia e precisamos de a relançar, tendo mais atenção para as alterações climáticas, e assegurar a transição para o digital numa perspetiva igualitária”. “Estas são as prioridades que os estados membros têm que seguir, criando sistemas públicos de saúde e investigação mais resilientes e dar mais atenção aos programas de jovens e formação”, adiantou.
Margarida Marques deixou um apelo aos autarcas, para que tenham nas suas autarquias um “interlocutor que possa promover o debate nas escolas sobre o futuro da Europa”.
A sessão contou também com a presença de Pedro Folgado, presidente da Leader Oeste, e Sandra Geada, gestora do Europe Direct Oeste, Lezíria e Médio Tejo, e com as intervenções, por vídeo, de Elisa Ferreira, comissária europeia da Coesão e Reformas, e de Sofia Colares Alves, chefe da Representação Europeia em Portugal.
A Leader Oeste – Associação para o Desenvolvimento Rural, situada na vila do Cadaval, foi novamente selecionada, pela CE, como estrutura de acolhimento de um Centro Europe Direct da UE. Desde o dia 1 de maio passou a ter também, como área de intervenção, a região Médio Tejo.
Para além dos 12 concelhos do Oeste e dos 11 concelhos da Lezíria do Tejo, o Europe Direct Oeste, Lezíria e Médio Tejo, passou a atuar também nos 13 concelhos do território do Médio Tejo.
É, segundo Sandra Geada, um organismo oficial da UE, constituindo-se como ponto de acesso para todos os que se interessam e queiram saber mais sobre a Europa. É um dos 15 pontos de contacto que existem em Portugal.
Trabalha em estreita colaboração com a representação da CE e com o Gabinete do Parlamento em Portugal.
0 Comentários