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“Rota da Raynha” percorre a história da fundação das Caldas

Marlene Sousa

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“Rota da Raynha” deu nome ao roteiro imersivo oferecido pelo município das Caldas da Rainha que decorreu no passado dia 22, no âmbito da iniciativa “Sabores, Sentires e Saberes”, da Rede Cultura 2027. A proposta contemplou uma visita guiada pelo património ligado à fundação da localidade, orientada por Margarida Varela. Após almoço de sabores locais, houve uma visita ao ateliê de jovens autores e à loja de Bordallo Pinheiro.
A visita contemplou uma ida à piscina da Rainha

Foi no largo D. Manuel I, junto ao Hospital Termal, que o grupo de dez pessoas (vagas limitadas devido à pandemia) iniciou o roteiro, guiado por Margarida Varela.

Esta visita, que teve a duração de duas horas, percorreu a história da fundação das Caldas, com paragem em vários pontos do património histórico.

“Procurámos fazer uma tábua do tempo, percorrendo a história das Caldas da Rainha desde o tempo dos celtas e dos romanos, sempre à volta da história da Rainha D. Leonor”, contou a guia.

Margarida Varela recordou que a rota nasceu de um estudo que fez para a Universidade Católica sobre as Caldas e também sobre a alimentação medieval. “Fui descobrindo coisas absolutamente fantásticas e quando fiz a apresentação do trabalho os meus colegas ficaram espantados com a história desta cidade”, contou.

“O Hospital Termal tem caraterísticas ímpares que vale bem a pena conhecer”, adiantou a responsável, que foi convidada pelo município a dinamizar esta iniciativa.

O programa incluiu uma passagem pela mata Rainha D. Leonor, “com uma explicação sobre a sua história, enorme biodiversidade de plantas e árvores, considerada o pulmão da cidade”.

Um dos pontos altos foi a ceia quinhentista no Salão Nobre do Hospital Termal, onde os participantes tiveram a oportunidade de degustar as iguarias “essencialmente do território da Casa das Senhoras Rainhas”. Bivalves da Lagoa, Pão de Lot, porco dourado, confeite de maçã, sardinhas em conserva, queijo velho, favas com enchidos cristãos, vinho cozido e leite de amêndoa fizeram parte da prova. “Utilizámos essencialmente produtos da região porque a Casa das Rainhas era rica em pescado, hortícolas e fruta”, contou Margarida Varela. “Na altura serviam-se ostras porque havia muitas na Lagoa”, relatou a responsável, que substituiu a ostra pelo berbigão.

Nas ceias quinhentistas que organiza coloca sempre “açúcar, porque era chamado ouro branco e a Rainha D. Leonor fez uma doação perpétua de 15 arrobas de açúcar para o seu hospital”.

“No que respeita ao consumo de bebidas dentro do hospital, o vinho era talvez a segunda bebida mais importante. Não há forma de calcular o consumo de água, mas é de crer que esta tenha sido a principal bebida dos enfermos. A ingestão de vinho era consentida, embora com algumas restrições”, explicou a guia.

No que se refere aos copos, a responsável referiu que no hospital havia “apenas 60 copos (tantos quanto o número de homens), sugerindo assim que as mulheres não bebiam vinho”.

A visita contemplou ainda uma ida à piscina da Rainha, com a guia a fazer a explicação sobre os doentes que se banhavam.

Não podendo entrar na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, devido às obras de requalificação, ficaram à porta partilhando algumas curiosidades.

Associaram-se à “Rota da Raynha” dois jovens – Inês Carvalho com os Bordados das Caldas e João Lopes, especialista em liturgia.

Inês Carvalho, premiada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional pela sua tese sobre os Bordados das Caldas, tem como objetivo “salvaguardar um património cultural e material”. “Quero proteger algo que é da cidade onde nasci e vivo”, afirmou.

A designer caldense Joana Sousa marcou presença na iniciativa com a sua marca “Quinze”, composta por t-shirts, sacos, almofadas, fitas para o cabelo, adornadas com os pontos e formas do Bordado das Caldas.

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