A semana integrou, ainda, uma série de atividades junto da comunidade escolar, que passaram por uma “masterclass” de dança e outra de teatro, uma oficina de escrita criativa, para além da pintura de um mural evocativo a Fernanda Botelho.
Trata-se de uma homenagem a esta escritora que, não sendo natural do concelho do Cadaval, escolheu-o como refúgio durante cerca de 10 anos, criando-se, assim, uma ligação que passou a afetiva. Fernanda Botelho, que morreu aos 81 anos, estreou-se na literatura como poetisa, mas distinguiu-se sobretudo como romancista, tendo deixado uma obra extensa que lhe valeu vários prémios ao longo de mais de meio século de carreira.
Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, Joana Botelho, presidente da Associação Gritos da Minha Dança e neta da autora, disse que a democratização cultural é um dos alicerces da missão levada a cabo pela associação.
Face à situação pandémica e à proibição de poder apresentar os trabalhos e exposições presencialmente, os mesmos são
passíveis de serem visualizados através de stickers (autocolantes) colados por paredes, muros e postes do concelho. Esses stickers têm um QRcode com acesso a vídeos, previamente gravados, da exposição e dos trabalhos realizados pelos alunos de expressão artística, teatro e dança. “Desta forma, qualquer pessoa com telemóvel poderá aceder a essas gravações”, explicou Joana Botelho, acrescentando que a ideia é “contaminar” o território.
Todos os alunos tiveram autonomia para colar num lugar que lhes fosse especial ou que considerassem uma mais-valia. Também todas as juntas de freguesia tiveram acesso a um número considerável destes stickers.
0 Comentários