Foi na sua freguesia natal que abriu uma oficina de azulejaria artística (Azulejaria Guerreiro – Artistic Tiles), onde deu azo a toda a sua criatividade, inventando uma nova forma de publicar a sua outra paixão, a banda desenhada, através da criação de painéis de azulejos, germinando belíssimas pranchas, em barro tratado com as artes do fogo.
São da sua autoria os painéis de azulejos observáveis no mercado municipal da Moita e na biblioteca municipal de Alhos Vedros.
Na banda desenhada, Luís Cruz Guerreiro, começou a sua viagem e produção artística, com a criação de «PutoZé», personagem trágico-cómica inspirada no Zé Mocho, um rapaz que viveu miseravelmente em Alhos Vedros, obra essa que lhe mereceu uma menção honrosa no Festival de Banda Desenhada na Amora em 1984.
Em 1985 tirou um curso de pintura cerâmica no CENCAL, onde aprendeu várias técnicas que desenvolveu depois na sua
oficina, elevando a sua arte a um nível técnico mais conforme a sua imaginação e criatividade.
As várias técnicas de pintura aprendidas no CENCAL serviram como elo de ligação entre a arte que praticava (a banda
desenhada) e a cerâmica (a arte do fogo). Os azulejos eram o suporte técnico que faziam a ligação entre as duas artes.
Em finais de 86 passou a integrar o “Argila Atelier”, onde, durante dois anos, pintou vários painéis de temas etnográficos e paisagísticos.
Regressou a Caldas da Rainha em 1988 para realizar um conjunto de painéis alusivos ao concelho da Moita.
Em 2005 o seu ateliê passou a fazer parte da Rota da Cerâmica, onde se manteve até 2015.
Especialista em banda desenhada, é-lhe reconhecida a sensibilidade de olhar para o azulejo como um suporte de excelência para a criação de diálogos e “viagens”.
A 9a arte potenciada pela arte do fogo teve no Luís Guerreiro o seu melhor representante no nosso país. A sua obra prova-o, mas precisa de ser dada à estampa, ser melhor conhecida, ser devidamente divulgada.
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