A iniciativa, que teve como intuito “a luta por justiça climática”, foi uma das soluções criativas encontradas pelo movimento para colocar o tema da crise climática no centro da agenda pública e mediática. “Foi neste espírito que pintámos um mural colaborativo, que teve a concordância do proprietário, que viu justiça na exigência política”, explicou o movimento.
Contudo, a GCE foi agora notificada pela autarquia das Caldas de que poderia incidir uma coima de elevado valor financeiro devido às normas urbanísticas e paisagísticas, ficando, assim, a imagem a depender da aprovação da Câmara.
“A acusação de que a obra não configura uma mera mensagem de propaganda, mas a alteração da fachada de um prédio, que se encontrava bastante degradada, é para o presidente grave o suficiente para ameaçar coimar o proprietário com uma prontidão imensa”, sublinhou a GCR, adiantando que “não parece haver a mesma urgência e disponibilidade para responder à crise de mobilidade que há no Oeste, pelo contrário, há proatividade para coimar mensagens que exigem a resposta a esta crise”.
Igualmente apontou que o muro encontrava-se marcado com imagens que feriam suscetibilidades relativas ao pudor público.
“No entanto, no que diz respeito a estas marcas, o proprietário não terá sido advertido, notificado ou multado. Apenas quando o muro foi alterado para apresentar uma mensagem política e reivindicativa relativa a um problema crónico da região pareceu haver um problema relativo à alteração da fachada”, frisou a GCE, adiantando que “chegámos à conclusão, então, que há uma índole política na notificação efetuada”.
0 Comentários