Nas Caldas, o vice-presidente da associação de estudantes, Nuno Marques, afirmou que “é tempo de dizer basta aos entraves económicos que são as propinas e é tempo de se exigir mais financiamento para a Ação Social Escolar. Os estudantes estão fartos de não terem respostas”. Referiu ainda que o atual estado do ensino superior tem trazido “consequências gravosas para os estudantes”, sendo a propina a principal fonte de dificuldades.
“Nós queremos que as propinas acabem, pois temos imensos estudantes que não conseguem pagar devido à perda de rendimentos das suas famílias a cada dia que passa e assim torna-se difícil de continuarem a suportar os custos do ensino superior “, apontou, adiantando que “isso tem levado muitos estudantes a abandonar o ensino”. “Esta é uma questão que abrange a maioria dos estudantes aqui na ESAD.CR”, sublinhou.
Depois de relatar a existência de “casos de estudantes que têm de decidir entre pagar propinas e comer”, Nuno Marques garantiu que “os estudantes não vão desistir de lutar pelos seus direitos, por um ensino superior público, gratuito e de qualidade”.
Mas as críticas não se ficam pelo pagamento de propinas. “Enquanto estudante sentimos muitas dificuldades, pois o que temos não chega para todos. Temos uma luta constante para criar um pavilhão, que exige a mobilidade dos estudantes fora do recinto escolar, e mais condições materiais para os nossos projetos”, apontou Maria Eduarda, aluna do 2º ano do curso de Artes Plásticas da ESAD.CR.
Também Guilherme, aluno do 1º ano de Som e Imagem da ESAD.CR, reclama por “melhores condições nas salas, onde por vezes chove lá dentro, materiais acessíveis e uma biblioteca disponível para as nossas pesquisas”. “É urgente acabar com a propina e democratizar o ensino, que deve ser acessível a todos os cidadãos”, apontou.
Na concentração, os alunos com o megafone exigiram também mais investimento em ação social, bolsas e residências.
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