José Bernardo Nunes, presidente da Câmara Municipal, conduziu este momento de conversa com Celestino Santos, no âmbito das comemorações do 25 de abril.
“Quando cheguei ao estúdio, depois do primeiro confinamento, deparei-me com as pessoas a entrar de máscara. Parecia que estava outra vez na guerra”, recordou. “Pensei então: não temos liberdade, não temos identidade, não temos afetos, não temos nada a não ser os olhos para mostrar o que nos vai na alma. Pensei então fazer o livro, fotografando pessoas que iam aparecendo”, contou.
“Não pretendi ganhar dinheiro com isto, mas sim deixar um testemunho para as gerações futuras, para os vindouros, algo de palpável, de sério e de verdade”, declarou.
O fotógrafo realçou o facto de os trabalhos reunidos por si em livro não se tratarem de fotos artísticas mas de retratos.
Celestino salientou ainda, através do seu exemplo, o papel que cada indivíduo pode e deve ter, seja qual for a atividade que
desempenha, para valorizar a terra a que pertence, em prol dos interesses comuns.
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