A cerimónia contou com a presença da secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, que salientou que esta obra é a concretização de um “plano de gestão ambiental muito maior que simplesmente a retirada de 900 mil metros cúbicos de areia, que irá melhorar a qualidade ambiental e preservar este recurso que é fundamental para a vivência desta região”.
“São mais de 15 milhões de euros de investimento nesta fase e não iremos ficar por aqui”, apontou. Ainda segundo Inês dos Santos Costa, o Governo irá “continuar ativamente a trabalhar através dos programas de proteção da orla costeira, área a que estão destinados“140 milhões de euros doPOSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos)” dos quais “115 milhões já estão aprovados”.
Para a secretária de Estado do Ambiente, é também importante aos líderes locais, “sejam eles cidadãos agentes económicos ou autarcas, perceberem que proteger o recurso não se esgota na limpeza dos rios e das ribeiras ou na dragagem neste caso, se depois não se atua, por exemplo,nas ligações indevidas, para garantir a ligação de habitações às redes de saneamento ou se não se faz o devido planeamento das ligações industriais”.
Segundo o vice-presidente da APA, um dos grandes objetivos da obra é “melhorar a qualidade da água e a relação que ela tem com o mar”.
Com a intervenção pretende-se evitar o isolamento dos Braços da Barrosa e do Bom Sucesso e robustecer o cordão arenoso litoral que protege a Lagoa da agitação marítima. “Os cerca de 900 mil metros cúbicos dragados vão ser colocados no litoral, minimizando impactos na costeira”, adiantou.
“É o maior investimento da APA previsto para este ano”, afirmou Pimenta Machado, durante a apresentação da empreitada, garantindo que vão “reunir todos os meses para que a obra, que tem a duração de 18 meses, corra na perfeição”.
O presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, alertou para o facto de “parte dos canais já estarem completamente obstruídos devido ao atraso das dragagens”, sublinhando a necessidade de manter “dragagens permanentes, para assegurar que não se perde a eficácia da intervenção”. Revelou ainda que os dois municípios “mantêm depois desta intervenção a total disponibilidade de adquirir a draga”.
O autarca alertou ainda para outra preocupação, que é “a passagem das condutas por cima do areal da praia sul de Óbidos”, defendendo “outra solução que não crie problemas aos banhistas”.
O autarca apelou ainda para que o Governo assegure “apoios aos pescadores e mariscadores” caso, durante as dragagens, “se verifique uma diminuição da qualidade da água” que ponha em causa a atividade piscatória.
A vice-presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Maria João Domingos, destacou a data marcante para ambos os municípios, “no sentido da preservação do ecossistema”, lembrando “os meses de ansiedade à espera do início desta intervenção que é importante para a afirmação desta região e que tem um importante significado económico”.
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