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De alma e coração!

António Freitas

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No passado domingo assistiu-se à final do "The Voice Kids", concurso televisivo que, ao longo de várias sessões foi submetendo à apreciação do vasto auditório da RTP1 e de um quarteto de experientes e competentes jurados-mentores, uma verdadeira plêiade de jovens, que exibiram nalguns casos níveis de irrepreensível excelência, cujo futuro se augura e deseja de merecido reconhecimento pelo seu indelével e inabalável valor.

Uma particular referência à participante Aurora Pinto que, nos seus doze anos, possui uma “aura” de talento musical, instrumental e vocal absolutamente raro, eu direi mesmo: exclusivo.

Se é certo que a área vocacional específica em apreciação era a do canto, não é menos verdade que alguns concorrentes evidenciaram, paralelamente, uma surpreendente maturidade de execução instrumental, atendendo à(s) sua(s) idade(s).

Para além das avalizadas considerações e opiniões técnicas e artísticas dos jurados relativamente à depurada comparação e escolha dos valores em presença, tendo em vista a passagem das subsequentes fases da competição, o público televisivo teve uma participação e influência decisivas, votando telefonicamente nos seus preferidos.

À medida que as etapas semanais se iam cumprindo, começou a apertar-se o nível de exigência relativo à qualidade real dos participantes, que nalguns casos transcendeu largamente as melhores expetativas. A certa altura, foi-se verificando a tendência para que um deles, preterido num determinado momento e posteriormente salvo por um dos mentores, fosse passando, por recorrente votação do público, à fase final do concurso: o jovem Simão Oliveira, de Arouca, que não possuindo o nível de talento e formação musical de outros candidatos à vitória, mas alardeando uma genuína ligação à música de expressão portuguesa – particularmente ao fado – e um timbre vocal maduro para os seus 14 anos, foi granjeando a simpatia de muitos espetadores, que lhe foram conferindo a possibilidade de ir avançando “passo a passo”.

Nas redes sociais começou, então, um natural, legítimo mas aceso confronto de ideias e opiniões críticas adversas, que atingiu lamentáveis intenções e expressão ortográfica. Claro que se pode achar, com ou sem razão, que houve concorrentes eliminados, cujo nível intrínseco era muito mais elevado e merecedor de uma justificada presença na final e eventual vitória.

Mas o facto de o regulamento do concurso restringir a escolha dos finalistas e do vencedor exclusivamente à votação telefónica do público, pode condicionar e permitir “falsear” a verdade técnica e artística da decisão final. Acabou por vencer um jovem simples e íntegro, digno representante do “Portugal profundo” cuja grande virtude e “segredo” foi ser igual a si próprio, sempre o mesmo: “Simão, de alma e coração”!

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