A morar há doze anos na zona Oeste, Rute Alexandra confessou que sempre teve muito interesse em terapias alternativas, sendo uma “verdadeira fascinada pelas terapias holísticas”, mas o seu interesse pelo reiki em particular surgiu depois de ter tido a oportunidade usufruir desta terapia. “Gostei bastante da sensação que a mesma me proporcionou ao longo das sessões, nomeadamente a serenidade, a tranquilidade e o bem-estar interior, que se refletiu no exterior”, explicou a profissional, que posteriormente decidiu, então, tirar os níveis I e II do curso para assim poder aplicar a terapia a outras pessoas e animais.

Segundo a técnica, “os animais são seres muito puros, sentem e captam imensamente as energias ao seu redor, absorvendo-as para si e “limpando” os seus donos. Nesse sentido, e porque adoro animais, surgiu-me a ideia de aplicar essa terapia na vertente reiki animal, sendo uma das vertentes do reiki ainda muito pouco conhecida”. Face a isso, começou a aprofundar mais a ideia e a pôr em prática, primeiro na sua gata, e depois nos animais de amigos e familiares, tendo sido os resultados “muito positivos e gratificantes”.

O reiki em animais difere pouco da técnica aplicada nos humanos, sendo feita através da imposição das mãos nos seus principais chakras “por alguém qualificado para tal”. Além disso tem “inúmeras vantagens”, como o facto de ajudar a reduzir o stress e a ansiedade, alivia as dores, contribuindo ainda para fortalecer o sistema imunológico dos animais de estimação, de pequeno e grande porte.

Esta terapia alternativa também vai “ajudar a equilibrar o corpo físico mental e espiritual do animal, contribuindo assim para o seu bem-estar”, e ainda atenuar ou até mesmo anular os efeitos colaterais dos medicamentos ou tratamentos invasivos, como do cancro. “É indicado para gatos diagnosticados com fiv e felv (leucemia felina), animais que sofrem com dores crónicas, como artrite ou artrose, e para animais, que estejam internados, pois vai em muito contribuir para o seu bem-estar”, explicou a técnica.

“Dedico sempre, no início da sessão, algum tempo ao animal para ele se ambientar, para que se sinta confiante e confortável com a presença e interação comigo, pois é importante criarmos um laço, e isso efetivamente acontece, principalmente com o decorrer das sessões o animal sente-se tão bem que chega a ser ele a pedir para lhe aplicar o reiki”, explicou Rute Alexandra.

Para os animais que não aceitem o toque, a técnica opta por “enviar o reiki à distância, com os mesmos resultados comprovados, mas normalmente os animais sentem muito mais a energia do que os humanos, e como tal, os tratamentos às vezes são até mais eficazes e rápidos do que em nós”. Contudo, e em caso de doença, “o reiki nunca deverá substituir o acompanhamento medico/veterinário”.

“Eu não defino um tempo exato para a sessão, vai depender do tempo que o animal precisar, podendo ser trinta minutos, duas horas ou mais, o que me interessa é realmente o bem-estar do animal, e ele vai ditar o tempo”, frisou a terapeuta. As sessões podem custar entre quinze e trinta euros e devem ser agendadas através do contato 917010636.