O achado aconteceu no primeiro dia deste ano, quando Joana Godinho, médica dentista, de 41 anos, e Pedro Baltazar, inspetor de navios, de 43 anos, faziam uma caminhada na praia da Cova da Alfarroba, próximo de onde têm uma casa.
“Chamou-nos a atenção o facto de a garrafa ter percebes agarrados e depois é que vimos que havia um papel dentro”, contou Joana Godinho.
Em casa, acompanhados das filhas Inês, de 4 anos, e Leonor, de 6 anos, e do pai e da mãe de Joana, abriram a garrafa. “O meu pai ficou comovido porque fazer um achado deste género era algo que sonhava desde a infância”, relatou a dentista.
“Não nos estamos a afundar. Apenas a beber bom vinho e a pescar durante as nossas viagens. Há muitos anos a enviar estas mensagens, temos recebido respostas interessantes de toda a parte do mundo”, podia ler-se na missiva que estava no interior da garrafa.
Uma vez que na mensagem se pedia a quem a lesse que contactasse para um endereço eletrónico, o casal enviou um mail e em apenas um dia obtinha a resposta de Barbara Scott a explicar que ela e o marido Curt, residentes no estado norte-americano da Flórida, costumavam viajar com frequência no seu barco, inclusive para Portugal, que consideravam um dos “países favoritos”. Relatava que um dos hábitos que tinham, para além de pescar, era atirar garrafas com estas mensagens à água, encontradas em vários pontos do mundo, tendo sido notícia na Irlanda e na Austrália.
Barbara informou que o marido morreu em 2015, mas se fosse vivo “iria ficar muito satisfeito por ter sido achada esta garrafa”, atirada a 9 de novembro de 2012 ao oceano Atlântico, numa viagem entre Lisboa e o mar das Caraíbas, na América, quando tinham entre 70 e 80 anos. Estiveram casados 46 anos e após a morte ela vendeu o barco.
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