A iniciativa, segundo o presidente da Liga dos Combatentes das Caldas da Rainha, Emanuel Sebastião, teve como intuito celebrar o “Dia Nacional do Combatente, que pela segunda vez está confinado”. “Situação essa, que limita efetuar as habituais cerimónias e festividades com outro tipo de liberdade”, referiu.
“Celebra-se este dia para que pelo menos uma vez por ano sejam honrados formalmente aqueles que por vicissitudes históricas foram submetidos a este fenómeno social que conhecemos como guerra”. “Hoje realçamos a Guerra Peninsular em frente ao memorial que foi edificado em homenagem aos nove portugueses fuzilados, seis militares do 2º Regimento da Infantaria do Porto e três rapazes caldenses na casa dos vinte anos“, explicou Emanuel Sebastião, adiantando que “a cerimónia também homenageia todos os combatentes e as cerca de vinte mil vítimas da Guerra Peninsular, entre os quais portugueses, franceses, ingleses, espanhóis e outros, que faziam parte das forças contendoras à data”.
O dia também ficou marcado pela condecoração da Liga dos Combatentes como Membro Honorário da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, atribuída pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante as cerimónias comemorativas do 100.º aniversário da Fundação da Liga dos Combatentes, do 103.º aniversário da Batalha de La Lys, e do Dia do Combatente, na Batalha. “Gesto esse de reconhecimento a todos membros da Liga pelos serviços prestados a Portugal”, sublinhou Emanuel Sebastião, adiantando que “esse ato também nos renova forças para continuarmos a nossa missão”.
Na cerimónia estiveram presentes outros elementos do núcleo, o comandante da Escola de Sargentos do Exército e ainda o presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Tinta Ferreira. O autarca começou por agradecer o facto de “não terem deixado de assinalar o vosso dia com uma cerimónia pública, embora que singela”. Igualmente por terem escolhido aquele local, que “significa alguma resiliência e resistência a atos brutais, que infelizmente ocorrem de forma acessória das guerras”.
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