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Centro Hospitalar do Oeste

Mais de 1,9 milhões de euros em equipamentos para responder à pandemia

Francisco Gomes

EXCLUSIVO

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No ano passado o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) investiu mais de 1,9 milhões de euros em equipamentos para reforçar a capacidade de resposta às necessidades impostas pela pandemia, revela um questionário à administração pela Comissão de Utentes Juntos pelo nosso Hospital, para fazer o balanço de 2020.
Vitor Dinis exibe o documento com as respostas que obteve sobre a atividade do CHO

A presidente do CHO, Elsa Baião, relatou que foram gastos 1.973.920 euros em “equipamentos de várias tipologias”, como ventiladores, monitores, seringas e bombas infusoras, e aparelhos portáteis de raio X.

Os gastos não foram maiores porque houve “várias ações de solidariedade por parte das autarquias, do tecido empresarial local e de particulares, que efetuaram inúmeras doações de equipamentos”.

Para fazer o balanço sobre a atividade anual do CHO, que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, o porta-voz da comissão, Vitor Dinis, interrogou também a administração sobre os efetivos humanos e os espaços criados para combater a pandemia, tendo recebido como resposta que “verificou-se um aumento dos efetivos, consequência da celebração de contratos de trabalho a termo certo, e foram feitos alguns ajustes para colmatar as necessidades decorrentes da pandemia”, nomeadamente com 198 novos elementos, entre os quais 98 assistentes operacionais, 67 enfermeiros, 24 técnicos de diagnóstico e terapêutica, 6 assistentes técnicos, 2 médicos e 1 farmacêutico.

Já em 2021, na sequência da publicação de um decreto-lei que estabelece mecanismos excecionais de gestão de profissionais de saúde para realização de atividade assistencial no âmbito da pandemia, “foi possível aumentar o número de horas de trabalho disponíveis dos profissionais já existentes, com a majoração da remuneração do trabalho extra e a reativação do regime de horário acrescido”, indicou Elsa Baião.

O CHO definiu novos circuitos nas suas urgências médico-cirúrgicas, criando áreas específicas para receber os casos suspeitos, separadas das habituais áreas para receber os doentes com outras patologias.

Um dos espaços ocupados no hospital das Caldas da Rainha era para acolher o serviço de urgência enquanto estivesse a decorrer a obra de ampliação, empreitada que teve de ser suspensa em março de 2020, por causa do aumento de procura dos doentes Covid, bem como para minimizar o contágio dos profissionais do empreiteiro. Foi criada outra área no hospital de Torres Vedras, que ocupou a zona da consulta externa, tendo sido necessário construir um edifício modular para disponibilização de gabinetes de consulta externa, em número inferior ao existente no espaço original.

O hospital de Peniche foi definido como não tendo condições para atendimento de doentes com suspeita de infeção, pela limitação das instalações físicas.

Foram ainda preconizadas áreas específicas para internamento de doentes infetados, com circuitos independentes para doentes e profissionais. No início da pandemia foram criadas duas enfermarias, uma nas Caldas (com 10 camas) e em Torres (com 22 camas). Porém, em maio de 2020, tendo em conta o reduzido número de doentes internados, optou-se pela concentração do internamento Covid em Torres. Assim foi até novembro, mês em que se iniciou a abertura de várias novas enfermarias Covid nos dois hospitais.

A capacidade instalada para internamento de doentes Covid atingiu as 142 camas em janeiro deste ano.

A construção de um edifício modular para acolher a Área Dedicada ao Doente Respiratório nas Caldas da Rainha, um novo espaço para a extensão da consulta externa em Torres Vedras, a abertura de uma enfermaria não Covid em Peniche, com capacidade para vinte camas, constam das ações desenvolvidas.

O CHO transmitiu ainda à comissão que, dado não dispor de unidades de cuidados intensivos ou intermédios em nenhum dos três hospitais, “afigurou-se necessário e urgente garantir a capacidade de ventilação e estabilização hemodinâmica dos doentes” enquanto aguardavam transferência para unidades de cuidados intensivos de outras unidades hospitalares do país.

No que respeita aos constrangimentos não diretamente ligados com a pandemia, Vitor Dinis destacou as “dificuldades apontadas pelas corporações de bombeiros das Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral e Lourinhã”, nomeadamente os tempos de inoperacionalidade das ambulâncias de socorro devido ao transporte inter-hospitalar.

Marco Martins, comandante dos bombeiros de Óbidos, relatou que “a indisponibilidade da prestação dos serviços de ortopedia no Hospital de Caldas causa alguns constrangimentos com as deslocações para o Hospital de Torres Vedras”, aumentando significativamente a falta de disponibilidade das ambulâncias para a prestação do restante socorro.

Para além da mesma situação, Ricardo Soares, segundo comandante dos bombeiros das Caldas da Rainha, referiu ainda a “ausência da capacidade de resposta, por parte do CHO em assegurar as transferências inter hospitalares”, o que provoca da parte dos soldados da paz o “comprometimento do socorro pré hospitalar aos cidadãos caldenses, pois efetuámos 175 transferências inter hospitalares no espaço de um ano, sendo que em média cada serviço demora mais de três horas a efetuar, ficando um concelho com mais de 51 mil habitantes desfavorecido de uma ambulância completamente equipada e preparada para o socorro pré hospitalar”.

“Continua a ser frequente não haver macas suficientes para passarmos os doentes no hospital, ficando as macas das ambulâncias retidas, o que deixa as ambulâncias inoperacionais e naturalmente reflete-se também na nossa ação de socorro”, frisou.

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