Segundo a associação, nesta altura do ano a vegetação começa a crescer exponencialmente (normal e essencial na primavera), mas existe uma espécie em particular que é prejudicial – a cana, exótica invasora, nativa do continente asiático.
Esta espécie consegue atingir dimensões até seis metros de altura, forma clones que ocupam áreas muito extensas e impede o desenvolvimento da vegetação nativa, nomeadamente da vegetação ripícola e da fauna associada.
“Sempre que for dar um passeio pelo Paul de Tornada e vir uma cana no trilho, se puder e só se for seguro, pise essa mesma cana. Basta pisar com o pé e rapidamente irá ouvir um estalo da cana a partir”, pede a associação.
“Se todos nós que visitamos o Paul, pisarmos as canas que virmos ao longo dos trilhos, faremos com que as plantas gastem todas as suas reservas para rebentar novamente até ao ponto que os rizomas já não terão mais reservas e acabarão por secar”, adianta.
De acordo com a Pato, “este é um processo muito lento, mas é o que provoca menos perturbações no ecossistema e é mais fácil de realizar”. “É a única forma de remover esta espécie na totalidade de uma forma rápida, excluindo logo à partida o uso de herbicidas”, vinca.
Existem, no entanto, algumas recomendações: Não parta as canas próximas das valas que sejam inclinadas e que corra o risco de cair. Confirme sempre se a planta que está a observar é mesmo uma cana. O caniço (é muito parecido com a cana, mas é mais pequeno (tanto em diâmetro como em altura) e é uma espécie nativa muito importante para abrigo/refúgio e nidificação de muitas aves.
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