Com atividade aberta há 22 anos, em Peniche, a escola de surf foi “obrigada a encerrar as portas”, devido ao agravamento da situação pandémica no país. “Lamentavelmente, a atividade das escolas de surf permanece proibida durante a vigência do atual estado de emergência, uma vez que está suspensa a prestação de serviços em estabelecimentos abertos ao público ou em modo itinerante”, sublinhou António Pais, explicando que “ainda assim a legislação não proíbe expressamente a prática do surf, desde que efetuada individualmente, e nas praias cujo acesso ou permanência não se encontrem interditados pelas autarquias, como é o caso da zona norte de Peniche e Baleal”.
Contudo, António Pais referiu que “nós não achamos que se justifica o encerramento da nossa atividade enquanto academia de surf, onde já tínhamos todo um guia de procedimentos de proteção, que evitam os aglomerados que atualmente existem nas águas”. “Podem justificar a inutilização do espaço da escola e das concentrações nos parques de estacionamento, mas da prática do surf e das aulas para nós não se justificam, até porque o risco de contágio é mínimo”, apontou.
Além do surf, a escola possui outras vertentes, que “também pararam durante este período”, e nesse sentido “tentamos ao máximo usufruir de todos os apoios à disposição”, colocando assim os quatro colaboradores em regime de lay-off.
Para o responsável, “os apoios na área são insuficientes para as despesas que temos, tanto que já existem várias escolas que encerraram as portas de vez e que estão à venda”.
Neste momento, a Escola de Surf de Peniche está a preparar o seu retorno no dia 5 de abril, “como durante o primeiro confinamento em que tivemos de tomar medidas para que as pessoas estivessem confiantes para vir”.
Durante estes dois meses de confinamento, a Autoridade Marítima Nacional sublinha que “de uma forma geral, as pessoas têm cumprido as medidas em vigor. Ainda assim, houve situações em que alguns cidadãos estavam em incumprimento das medidas em vigor, em especial na prática de atividades em espaços interditos, tendo os elementos da Polícia Marítima retirado as pessoas desses locais”.
“Em situações pontuais de incumprimento a Polícia Marítima autuou os infratores”, esclareceu o Gabinete de Imagem e Relações Públicas.
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