“A sistemática burocracia, as dificuldades na obtenção de água de rega e a escassez de mão-de-obra figuram no topo das queixas dos nossos agricultores”, aponta a delegação do Chega.
No que se refere aos problemas decorrentes da carga burocrática destaca-se “o tempo e recursos absorvidos com a multiplicação de pareceres e formalidades exigidos nos processos de licenciamento ou compensações financeiras e a descontinuidade das políticas de investimento e apoio aos agricultores”. “Não é difícil compreender que projetos de investimento a duas décadas convivem mal com constantes alterações das regras”, sublinha.
Segundo a delegação, “os nossos interlocutores da APAS alertam para as dificuldades na captação de água devido ao abaixamento do nível freático que se tem verificado de há uns anos a esta parte”. “O regadio na região Oeste atravessa dificuldades que reclamam soluções de envergadura para que se possa aspirar a manter este setor como uma fonte de riqueza”, sustenta.
Questões relacionadas com a mão-de-obra são também uma preocupação maior no setor, indica a delegação do Chega. “A introdução de técnicas e equipamentos recentes na produção agrícola implicam alguma especialização que é escassa. No período das colheitas de pêras e maçãs a necessidade de muita mão-de-obra por um curto espaço de tempo carece de flexibilização que possibilite agilizar a contratação de trabalhadores dentro do quadro legal”, faz notar.
Outra ideia bastante vincada foi de que “os subsídios à atividade agrícola são na realidade uma compensação indispensável para fazer face à falta de competitividade do setor”.
“Manifestamos a nossa convicção de que a agricultura nacional, além de produzir riqueza, é um setor que deve ser acarinhado na perspetiva de mantermos a autonomia alimentar possível”, defende.
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