“Enquanto atravessamos uma grave crise pandémica, há outra crise que não demonstra sinais de abrandar. Falamos de uma crise climática, que avança a passos largos, em direção a um ponto de não retorno”, sublinhou a Greve Climática Estudantil das Caldas da Rainha, adiantando que “os ponteiros não param de girar, nunca pararam”.
Igualmente referiu que “a ciência, de modo consensual, diz-nos que temos menos de sete anos para reduzir drasticamente as nossas emissões de gases com efeito de estufa”, e se nada for feito “haverá seguramente alterações no planeta, que põem em causa a sobrevivência da civilização como a conhecemos”.
Nesse sentido, o grupo alerta que “não há tempo a perder”, e por isso vai voltar à ação. “A urgência não nos permite ficar de braços cruzados enquanto dos líderes mundiais e instituições apenas recebemos promessas vazias e inação”, apontou o movimento estudantil das Caldas da Rainha.
A nível regional, o grupo destacou que existe “um exemplo da ineficácia de quem nos governa em enfrentar a crise climática”, relativamente à situação da Linha Ferroviária do Oeste, em que as promessas de eletrificação, requalificação e melhoria de acessibilidade na linha vão sendo adiadas de ano para ano. Face a isso, o grupo exige que sejam cumpridos prazos, pois “não há tempo a perder no serviço às populações locais e ao planeta”.
“A ferrovia elétrica e eficaz é um elemento essencial para a mudança necessária para combater a crise climática, pois além de reduzir as emissões de dióxido de carbono, também é uma alternativa ao transporte rodoviário e particular, e ainda permite às populações uma tão necessária melhoria no transporte local e regional, pela qual lutam há tantos anos”, esclareceu.
Alertou também que “há que garantir condições planetárias para a nossa sobrevivência. Há que agir. É hora de acertarmos o relógio: não temos tempo para mais promessas em vão”.
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