O autarca recordou que há cerca de um ano o JORNAL DAS CALDAS fez-lhe uma entrevista, onde anunciou que não se recandidataria à União de Freguesias, mas que estava disponível para outros cargos autárquicos. “É um ciclo e acho que a Junta poderá ter alguém que faça as coisas de forma diferente porque acho importante haver essa oportunidade”, contou.
Vítor Marques adiantou que na altura também este órgão de comunicação social lhe questionou se tinha aspiração a ser presidente da Câmara Municipal. “Volto a dizer precisamente o que disse na altura, que sinto a estratégia que foi seguida pelo sr. presidente da câmara nestes mandatos de que fiz parte”, declarou.
“Foi um ano a ouvir pessoas e a refletir”, afirmou, acrescentando que concluiu que devia continuar a dar o “meu contributo neste momento difícil que atravessamos e que entendo poder ser o início de um novo ciclo”.
Para Vítor Marques, é o “espírito de missão” e “estar ao serviço da comunidade” que o fez assumir a candidatura.
A atual função que desempenha como presidente da União de Freguesias motiva-o a “continuar a estar ao serviço da comunidade” e assumir o projeto de liderar a Câmara. “Trabalho ao serviço das pessoas e quero pôr a experiência que reuni ao longo dos anos para resolver os problemas da população”, sublinhou.
“Nada nos move contra ninguém”
O candidato esclareceu que “nada nos move contra ninguém” e que o objetivo da candidatura é “dar o nosso contributo ao concelho noutro nível”.
O presidente da União de Freguesias adiantou que quer que os cidadãos participem da resolução dos problemas, garantindo que “ninguém irá criticar o que foi feito até aqui”. “Não o faremos porque o que queremos é propor uma candidatura virada para as pessoas, bem-estar, saúde e felicidade”, referiu.
“Queremos criar condições para melhorar o concelho e apresentar uma nova abordagem que dê corpo aos interesses dos caldenses”, adiantou.
As listas ainda estão a ser formadas. Vítor Marques só anunciou o nome de António Curado, que foi deputado municipal do PS. No entanto, garante que a equipa terá um conjunto de pessoas “com qualidade comprovada, experiência profissional em várias áreas e de vários quadrantes políticos, entre cidadãos que, em eleições anteriores, constaram nas listas de partidos como o PSD e o PS”.
“Já com princípios comuns começaremos em conjunto a delinear o nosso programa”, que brevemente espera apresentar. “A nossa experiência profissional e empresarial pode trazer práticas com melhores resultados”, relatou.
Para além da Câmara e da Assembleia Municipal, pondera também fazer listas às juntas e assembleias de freguesia.
“Tinta Ferreira tentou dissuadir-me”
Vítor Marques disse que já comunicou ao presidente da Câmara das Caldas a sua “candidatura” e que não foi do seu “agrado” e como “é compreensível, tentou dissuadir-me”. No entanto, afirmou que a relação de trabalho com Tinta Ferreira é “fantástica”.
O candidato disse que não está à “procura de apoio de um partido político”. “A lista será formada sem nunca aceitar que alguém nos dê o apoio em troca de colocar uma pessoa do seu agrado na lista”, assegurou.
Sublinhou que neste momento o que existe é um “movimento independente de pessoas da sociedade civil que querem o melhor para o concelho”.
O candidato disse que anunciou a sua candidatura no Parque Dom Carlos I por ser um espaço nobre da cidade e que “o ambiente e espaços verdes será um dos tópicos muito fortes de trabalho no nosso programa”. Lembrou que já temos “um patamar muito interessante, mas ainda há espaço para melhorar”.
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