De acordo com os dados disponibilizados à agência Lusa pela diretora do Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte, Ana Pisco, o planeamento familiar “foi o que registou um maior decréscimo (33%), por se tratar de uma área menos prioritária”, seguido do rastreio oncológico (20%), hipertensão (15%), saúde materna (12%) e a diabetes (7%).
Desde o início da pandemia, em março de 2020, nas Áreas Dedicadas aos Doentes Respiratórios, nos Centros de Saúde de Alcobaça, Caldas da Rainha, Peniche, Bombarral e Nazaré, destinados à avaliação clínica de doentes com suspeita de infeção respiratória aguda, foram assistidos, até ao início desta semana, 11.164 pessoas.
Já no que respeita ao Plano Nacional de Vacinação “foram feitas mais inoculações em 2020 do que em 2019”, afirmou Ana Pisco, sublinhando que com exceção da vacina contra a tosse convulsa (92%), todas as outras vacinas “mantiveram taxas acima dos 95%”.
Resultados assistenciais conseguidos, no entender de Ana Pisco, pelo “voluntarismo” dos profissionais dos centros de saúde ao longo de um ano em que foi preciso “lidar com muitas plataformas de dados, muitas delas não amigáveis entre si” e com a pressão de “várias instituições a solicitarem informação, por vezes trabalhada de formas diferentes por diversas fontes”.
Para a diretora, “é preciso que a medicina geral e familiar se possa voltar a centrar no utente” e que os centros de saúde possam retomar atividades de educação para a saúde e as consultas que a pandemia obrigou a suspender, como a higiene oral, medicina dentária, cessação tabágica, alcoologia, psicologia e exames de espirometria.
0 Comentários