No passado sábado foram vacinados 69 bombeiros (22 de Óbidos, 17 das Caldas, 17 de Peniche e 13 do Bombarral), que se juntaram aos 85 (35 das Caldas, 22 de Óbidos, 15 de Peniche e 13 do Bombarral) a quem tinha sido administrada a vacina na semana passada, estando prevista para maio a segunda dose. De fora ficaram ainda perto de centena e meia de soldados da paz, o que significa que cerca de metade do efetivo das corporações de bombeiros de Peniche, Bombarral, Óbidos e Caldas da Rainha recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19.
O facto de não se saber quando é que haverá a vacinação dos restantes operacionais motiva críticas, por condicionar o socorro prestado pelos soldados da paz, ainda para mais quando o novo coordenador da “task force”, Henrique Gouveia e Melo, perante a escassez de vacinas, admite alteração do plano de vacinação, retardando às forças armadas, às forças de segurança, bombeiros, entre outros.
“Não compreendemos porque é que não fomos vacinados na mesma instância que os técnicos que trabalham no INEM e os profissionais de saúde, porque somos nós quem vamos transportar grande parte dos doentes com Covid para o hospital”, manifestou Marco Martins, responsável da corporação de Óbidos.
Vítor Ferreira, oficial de 2ª nos bombeiros de Peniche, reconheceu que “a principal preocupação de quem está a dirigir é porque é que só 50% do efetivo é que terá acesso já à vacina, porque quando é altura de fazer serviço e socorrer a população, todos nós vamos quando é necessário”.
Apesar do lamento em relação ao processo, a administração da primeira dose da vacina é encarada com confiança pelos bombeiros. Jorge Pereira, subchefe da corporação de Óbidos, disse que “a expetativa é que estejamos mais protegidos para podermos socorrer as pessoas com mais segurança e já devia ter sido mais cedo”. “Sinto-me 50% mais protegida, tendo consciência de que temos de continuar a tomar as medidas de precaução”, declarou Patrícia Reis, adjunto do comando em Óbidos.
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